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Incentivos ainda não passaram do papel

Presidente da Nersant diz que empresários da região estão a ter dificuldade em escoar produtos

Os empresários da região ainda não têm acesso aos apoios do Programa de Incentivos à Modernização da Economia. O cumprimento da promessa deixada em Santarém pelo ministro da Economia emperrou na burocracia.

Os despachos ministeriais que integram o distrito de Santarém no acesso ao Prime (Programa de Incentivos à Modernização da Economia) foram concluí-dos há duas semanas mas os regulamentos do programa ainda não foram publicados. Os empresários da região continuam à espera dos milhões de investimento que o ministro da Economia anunciou há quase três meses.Em Setembro passado o ministro da Economia, Manuel Pinho, garantia em Santarém que os empresários da Região de Lisboa e Vale do Tejo iriam ficar em pé de igualdade com os do resto do país, em termos de acesso a financiamento comunitário. Um “rebuçado” que ainda não foi “saboreado” por quem por ele espera desde 2002. E que, quando vier, poderá já ser tarde demais.Mesmo que os apoios sejam uma realidade dentro em breve – prevê-se que os regulamentos do Prime saiam este mês - o presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) não está muito optimista relativamente ao aproveitamento desses milhões.Talvez porque os projectos empresariais têm de estar feitos até 2006, o que deixa pouco espaço temporal de manobra aos empresários da região.“A situação está complicada”, referiu na quinta-feira José Eduardo Carvalho, à margem da inauguração da XVI edição da Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém, que se prolonga até domingo. O presidente da associação admite haver actualmente uma grande quebra de confiança dos empresários.“Há uma grande contracção no investimento, as margens são diminutas, existem dificuldades para fazer face a todos os compromissos que as empresas têm e o dinheiro não estica para pagar aos fornecedores, aos trabalhadores e ao fisco”.Convicto de que a situação “pior do está é impossível”, José Eduardo Carvalho não se revelou no entanto demasiado optimista em relação ao possível aproveitamento dos milhões a disponibilizar.Para poder aferir e falar com mais propriedade sobre a questão, a Nersant está neste momento a fazer um levantamento das intenções de investimento e do que está já em execução.“Antes não tínhamos acesso aos sistemas de incentivos poderia haver justificação para não se alavancar determinado tipo de investimentos. Agora que vamos estar em pé de igualdade com o resto do país vamos ver...”, afirmou o responsável da associação.Que também compreende o receio dos empresários – “ninguém investe se não tiver mercado. A dificuldade está em vender, em escoar produto. Não está em produzir”.

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