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Ribatejo já produz cevada para a Unicer

Agricultores da região contribuíram com 5.500 toneladas
Cerca de 30 por cento da cevada necessária para produzir cerveja nas três unidades do Grupo Unicer é produzida em Portugal, uma percentagem que a empresa quer subir para perto de metade na próxima campanha. O Ribatejo constituiu uma “estreia” que se revelou “um sucesso” (com uma produção de cerca de 5.500 toneladas).Na presença dos 145 produtores portugueses que aderiram ao projecto lançado pela Unicer com o objectivo de reduzir a importação da cevada para malte, Aníbal Lousada Soares, presidente do Conselho de Administração da Maltibérica (da qual a Unicer detém 51 por cento), fez terça-feira, na unidade de Santarém, um balanço muito positivo da campanha 2004/2005.Segundo disse, a Unicer adquiriu, através da Maltibérica, a estes produtores, 14.550 toneladas de cevada dística na-cional, de três variedades, um crescimento de perto de 80 por cento em relação à colheita de 2003/2004 que superou a estimativa inicial (que apontava para as 12.000 toneladas).Lousada Soares afirmou que o projecto iniciado pela Maltibérica em 1991 e dinamizado a partir de 2000 teve por objectivo acabar com a situação de importação da totalidade da cevada necessária à produção de malte para o fabrico de cerveja, fomentando a produção nacional de “qualidade” e de forma “competitiva”.Sublinhando a importância do papel dos técnicos que têm acompanhado os produtores no terreno e o apoio técnico dado ao projecto pela Escola Superior Agrária de Beja e pela Estação Nacional de Melhoramento de Plantas de Elvas, o responsável da Maltibérica considerou importante o desenvolvimento de novas variedades com melhoria da produtividade e da qualidade da cevada.Defendendo a criação de uma “base estável, consistente, de fornecedores”, Lousada Soares disse que a Maltibérica está a pensar premiar, economicamente, “essa consistência no tempo”.Na sessão que reuniu os produtores envolvidos no projecto foi entregue o prémio “excelência” da campanha 2004/2005.Patrícia Cotrim, responsável pelo Projecto de Desenvolvimento da Cultura de Cevada Dística em território nacional, realçou, além da quantidade conseguida num ano de fraca precipitação, a qualidade “muito boa” das três variedades de cevada produzidas no Alto e Baixo Alentejo e no Ribatejo.Para esta técnica, é possível aos agricultores portugueses atingirem as médias de produtividade de outros países europeus, nomeadamente de França e Espanha, e aproximar dos preços praticados.Tomando como referência os preços médios em Julho, Patrícia Cotrim sublinhou que em França o preço da tonelada de cevada era da ordem dos 118 euros (menos cerca de oito euros que na campanha anterior) enquanto em Portugal rondava os 149 euros (menos cinco euros que na colheita anterior).Só na unidade de Santarém, que os participantes no projecto visitaram, a Unicer produz anualmente 180 milhões de litros de cerveja.

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