O Presidente da República vai estar no Festival Nacional de Gastronomia de Santarém, que este ano comemora 25 anos, para dar o pontapé de saída a uma iniciativa que vai dedicar ao turismo.Na apresentação pública da 25ª edição do Festival Nacional de Gastronomia (FNG), o presidente da Câmara de Santarém realçou o facto de Jorge Sampaio ter escolhido o certame para dar início, a 5 de Novembro, a uma presidência aberta que porá a tónica na importância do turismo para a economia nacional.O festival, organizado conjuntamente pela Câmara de Santarém e pela Região de Turismo do Ribatejo (RTR), decorre de 13 de Outubro a 6 de Novembro.Os primeiros três dias do FNG serão dedicados ao IV Congresso Nacional de Gastronomia, um espaço que o presidente da Região de Turismo do Ribatejo, Carlos Abreu, disse pretender ser de “reflexão sobre o futuro” deste certame, que, no seu entender, se afirmou indiscutivelmente a nível nacional.Frisando que o festival nasceu, há 25 anos, com o objectivo de “preservar e salvaguardar” os métodos de confecção tradicionais, Carlos Abreu afirmou ser “o momento” para “dar um salto qualitativo”.Esse salto, disse, passa por abrir portas às “novas formas de confecção” com recurso a produtos tradicionais qualificados, sendo o desafio “enfrentar a modernidade e a evolução na gastronomia”.“Se a gastronomia é uma componente muito importante que pode qualificar a oferta turística portuguesa, é preciso estarmos preparados para essa nova clientela”, a exemplo do que os espanhóis estão a fazer, disse, frisando a riqueza da cozinha portuguesa, que pode ser “aligeirada”.Os dias 15 e 16 de Outubro vão ser dedicados precisamente à “nova gastronomia portuguesa”, com refeições servidas pelo mestre Luís Suspiro e pelas escolas de hotelaria, afirmou.Carlos Abreu recordou que foi a partir do FNG que surgiu a exigência da classificação da gastronomia como património cultural do país, reconhecimento que veio a acontecer há cinco anos, na 20ª edição do festival.Rui Barreiro afirmou que as comemorações das bodas de prata do festival vão servir para, mais uma vez, Santarém reivindicar a criação do Museu Nacional de Gastronomia, cujo projecto foi já entregue pela autarquia ao secretário de Estado do Turismo.Quanto às condições da zona envolvente da Casa do Campino, que apresenta as acessibilidades e a zona de estacionamento esburacada e enlameada quando chove, o autarca afirmou que a requalificação do espaço só se vai iniciar depois do festival, mas prometeu “algumas melhorias”.A apresentação de um novo cocktail - uma “caipirinha” feita com vinho -, no dia dedicado ao Ribatejo (17 de Outubro), e a restituição do valor do bilhete de ingresso no certame a quem gastar mais de nove euros nas tasquinhas nos dias 17, 24 e 31 de Outubro foram as novidades anunciadas.O festival vai contar este ano com a presença de quatro restaurantes do concelho de Santarém, numa medida que visa promover a gastronomia e a restauração concelhias, que pouco tem mostrado beneficiar da iniciativa que a cidade acolhe há mais de duas décadas.Classificada por Carlos Abreu como a “catedral da gastronomia portuguesa” durante o período do festival, a Casa do Campino vai acolher, ao longo de mais de 20 dias, tanto no almoço regional como nas cerca de três dezenas de tasquinhas, o melhor da gastronomia nacional, sendo cada dia dedicado a uma das regiões de turismo do país, que trazem consigo o melhor do seu artesanato e folclore.O MIRANTE/Lusa