A equipa de Juniores do Abrantes Futebol Clube perdeu, no sábado, com o Sport Lisboa e Benfica, em jogo a contar para o Campeonato Nacional da Primeira Divisão de Juniores, disputado no Estádio Municipal de Abrantes. Foi uma derrota que apenas teve expressão no capítulo da finalização, porque a equipa abrantina não foi em nada inferior ao seu opositor. Os jovens ribatejanos, treinados por Pedro Sampaio, fizeram uma exibição prometedora. Mas perante uma equipa do Benfica mais habituada a estas andanças, perderam na hora do remate à baliza. Jogando de igual para igual com o adversário e apesar de sair derrotada, a equipa abrantina deixou boas indicações ao seu treinador.Foi o Benfica que criou a primeira grande oportunidade de golo, logo aos sete minutos. Numa jogada rápida pela esquerda, Sérgio Oliveira centrou para a área onde surgiu Sami a rematar de cabeça, fazendo a bola embater na barra da baliza defendida por Carlos.Mas o jogo era de parada e resposta. Três minutos depois foi a vez do guarda-redes do Benfica brilhar. Numa bonita jogada de contra-ataque, a bola chegou aos pés de Cláudio, que meteu de primeira em Freilão, que rematou forte para defesa apertada de Ricardo Janota. Jogava-se então em bom ritmo. Os jovens jogadores entregavam-se com denodo à luta e conseguiram levar algum entusiasmo até às bancadas, que contavam com uma boa assistência, acima do meio milhar de espectadores. Jogava-se bem a meio campo, mas as defesas iam chegando para os ataques.Kátio era o jogador que mostrava melhor futebol. Foi mesmo o melhor jogador em campo e nem sequer quando foi duramente castigado por um adversário e depois viu um cartão amarelo injustamente mostrado pelo árbitro, deixou de lutar, jogar e galvanizar os seus companheiros de equipa. O jogo passou por uma fase mais monótona, com muita luta a meio campo, mas sem grande discernimento. Só aos 27 minutos o frisson voltou às bancadas. Na sequência de uma jogada rápida de contra-ataque, Fábio Pereira rematou forte para defesa espectacular do guarda-redes do Abrantes.Os jogadores despertaram e, aos 32 minutos, foi a vez de Freilão, no centro do terreno e já perto da área, desferir um remate forte que saiu rente ao poste direito da baliza do Benfica, já com o guarda-redes batido. Mas o intervalo chegou com um nulo no marcador.Na segunda metade, o cariz do jogo pouco se alterou. Continuou a ser de luta com alguns lances de futebol bem jogado. O Benfica chegou cedo ao golo, logo aos 52 minutos. A bola foi colocada nos pés de Vítor Passos, que à entrada da área e em posição frontal arrancou um portentoso remate que levou a bola a entrar como um bólide junto ao ângulo contrário da baliza de Carlos. Curiosamente este golo galvanizou os jogadores do Abrantes, que remeteram os seus adversários para junto da sua área e criaram vários lances de golo. Aos cinquenta e oito minutos, o golo esteve à vista, mas, com uma boa defesa, Ricardo Janota conseguiu manter a sua baliza inviolada. Perante o assédio do Abrantes, o técnico da equipa do Benfica não hesitou e fez algumas alterações, que deram resultado. A equipa acertou melhor as marcações e conseguiu sacudir o sufoco a que estava submetida.Aos 79 minutos o Benfica esteve à beira de dilatar o marcador. Milan Jeremic, muito bem desmarcado por Joel Vital, correu pela esquerda e colocou a bola em Sami, que já dentro da área e isolado rematou desastradamente para fora.Até ao final do jogo o futebol repartiu-se pelos dois meios campos, com lances de perigo para um e outro lado. Mas o resultado só se alterou aos 82 minutos, altura em que, após um cruzamento da direita, a bola sobrevoou a área do Abrantes e ao segundo poste apareceu Sérgio Oliveira a encostar para o fundo da baliza de Carlos.O Abrantes perdeu mas acabou por justificar o investimento que a direcção do clube está a fazer com esta equipa. Apesar da derrota, deixou boas indicações para o futuro, e mostrou-se também capaz de jogar de igual para igual com qualquer adversário.A equipa de arbitragem chefiada por Jorge Parrada, que veio de Portalegre, teve uma actuação bastante incorrecta, beneficiando claramente o Benfica, principalmente no capítulo disciplinar onde algumas entradas mais duras, não tiveram a punição que se impunha.