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Um incentivo às pequenas empresas de Coruche

Um incentivo às pequenas empresas de Coruche

Fundo de Apoio ao Investimento das Microempresas assinado em mais um concelho
A partir de 13 de Outubro as pequenas empresas do concelho de Coruche irão dispor de uma linha de crédito de 200 mil euros para investir na sua criação ou modernização.Um sistema de apoio inovador, possível através do acordo entre o município, a Nersant e o Banco Espírito Santo na concretização do Fundo de Apoio ao Investimento das Microempresas (FAIME).Os destinatários deste fundo de 200 mil euros para o ano de 2005 são as microempresas existentes (com menos de dez trabalhadores e facturação inferior a dois milhões de euros) ou outras em fase de criação, sedeadas e com actividade económica desenvolvida no concelho de Coruche.Para empresas já constituídas a autarquia tem um fundo de 100 mil euros (50 por cento do capital) para financiamento, sem juros, enquanto os restantes 50 por cento (de valor idêntico) serão financiados pelo BES, a uma taxa de juro Euribor a 30 dias, acrescida de spread máximo de 2,5 por cento.Em relação à criação de novas empresas, terão de ser os empresários a assegurar 50 por cento do investimento com capitais próprios e, o restante, divido em parte iguais por BES e autarquia nas condições já referidas.Os empréstimos terão um prazo máximo de seis anos, com um ano de carência de capital, e não poderão exceder os 25 mil euros por candidatura.O investimento terá que ser canalizado para a actividade da empresa, sendo despesas elegíveis obras de adaptação, remodelação ou conservação, aquisição de equipamento básico, específico, informático, de telecomunicações, de higiene e segurança, seja ainda na certificação de sistemas de gestão de qualidade, registo de marcas ou licenciamento de produtos e serviços.É condição essencial para a admissão de candidaturas que as empresas tenham regularizada a sua relação contributiva perante a Segurança Social, Estado e o município. Além de terem de comprovar uma situação económica-financeira com 20 por cento de autonomia.Uma última questão que o representante do BES na assinatura dos contratos, Fernando Graça, disse que poderá ser menos exigente, depois de desafiado pelo líder da Nersant, José Eduardo Carvalho.Fernando Graça acrescentou ainda que, apesar do limite de 25 mil euros por projecto, não quer dizer que os investimentos se limitem a esse montante. “O BES está disposto a analisar todas as propostas de investimento superiores a esse valor”, indicou.O presidente da Nersant salientou a importância do apoio que é prestado às microempresas, preenchendo uma lacuna no apoio do Estado, “que sempre exige e não cumpre”.José Eduardo Carvalho exortou ainda os empresários de Coruche a estarem atentos à Garantia Mútua, uma sociedade com soluções de crédito através da qual os empresários podem dar garantias à banca. “Os bancos preferem esta opção a terem de hipotecar os bens dos empresários”, realçou.Por seu turno, o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes, recordou que a autarquia teria que aproveitar esta oportunidade, até porque disponibilizou recentemente cerca de 60 lotes industriais na Lamarosa, Couço e Monte da Barca, além de ter em vista a criação do parque de negócios.“Disponibilizamos 100 mil euros só para 2005 e penso que a autarquia está a fazer um esforço significativo para ajudar as microempresas do concelho, incluindo as do comércio, já que não foram disponibilizados fundos do Procom”, explicou o edil coruchense.O Faime já foi implementado nos municípios do Cartaxo, Almeirim, Azambuja e Chamusca, estando já acordado com Abrantes e Entroncamento.Ricardo Carreira
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