Na Praça de Toiros de Azambuja começam a concentrar-se os carros da caravana socialista. Abrem-se chapéus-de-chuva para proteger as t-shirt’s e bandeiras cor-de-rosa e ouvem-se as últimas na rádio com as portas dos carros escancaradas. Na noite das eleições os resultados ainda não são oficiais, mas a certeza é quase inabalável.De repente um carro entra a acelerar no recinto da feira. “Ganhámos Maçussa e Vila Nova de S. Pedro!”, grita uma mulher. O PS acaba de conquistar dois dos quatro bastiões da CDU. Sete das nove freguesias do concelho já são socialistas.No salão nobre dos paços do concelho o candidato do PS à câmara municipal acaba de ser reeleito. Joaquim Ramos vai até ao corredor, abraça o mandatário da campanha, Silvino Lúcio, e fuma o primeiro cigarro do seu novo mandato à frente do concelho de Azambuja.Para comemorar a maioria absoluta de 52 por cento abre-se uma garrafa de champanhe. Joaquim Ramos brinda com a equipa e agradece a todos os que aceitaram fazer parte das listas. Mesmo aqueles que não ganharam. Abraça os três filhos que o esperam à saída do edifício e parte na caravana pelas freguesias do concelho.Alguns metros mais à frente, na sede de campanha do PSD, comemora-se a vitória pela conquista de mais um vereador, entre copos de vinho e bifanas. Os social-democratas aumentaram a votação em 100 por cento e garantiram dois lugares no executivo.Um dos lugares na vereação foi “roubado” à CDU - um dos grandes derrotados da noite. A coligação deixa assim de ser a segunda força política do concelho, dando lugar aos eleitos laranja.