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Jaime Ramos do PSD ganha Entroncamento com maioria absoluta

Jaime Ramos do PSD ganha Entroncamento com maioria absoluta

Às nove e meia da noite Jaime Ramos, o presidente reeleito, sai do edifício da câmara municipal do Entroncamento. O PSD alcança o seu objectivo. A desejada maioria absoluta está confirmada. O primeiro abraço de felicitações é da esposa. O autarca emociona-se mas recompõe-se rapidamente. Segue a pé para a sede da sua candidatura na rua Luís Falcão de Sommer. Vai escoltado por dezenas de apoiantes entusiasmados que gritam o seu nome. Pára aqui e ali para alguns cumprimentos. A uma repórter que tenta alongar uma primeira declaração responde: “Peço desculpa. Tenho um banho de multidão à espera. Não estou habituado. Vou aproveitar”. E volta a mergulhar na onda laranja.Depois de há quatro anos terem conseguido infligir a primeira derrota eleitoral ao PS no conjunto de todas as eleições realizadas no pós-25 de Abril, os social-democratas reforçam a sua posição à custa da quebra da CDU que deixa de ter representação no executivo municipal.O PSD passa a ter quatro eleitos, o PS dois e o Bloco de Esquerda um. O executivo municipal tem agora a seguinte composição: Jaime Ramos (presidente), Luís Boavida, João Fanha e Maria João Grácio do PSD; Alexandre Zagalo e Ezequiel Estrada do PS e Henrique Leal do BE. Houve novidades nas eleições de Domingo no Entroncamento. Pela primeira vez os eleitores votaram para duas Assembleias de Freguesia resultantes da divisão da única freguesia existente. O PSD ganhou as presidências das duas autarquias. A norte da cidade, na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima o presidente eleito é Manuel Bilreiro – aqui o PSD não teve maioria absoluta. A sul, a freguesia de S. João Baptista passa a ter uma presidente, Teresa Martins. Este ano, concorreram apenas cinco listas. Os “Independentes” de 2001 voltaram a integrar-se no PS de onde tinham saído. “Não vou parar, o Entroncamento continuará a progredir”, diz Jaime Ramos no discurso da vitória. Ao seu lado Luís Boavida e João Fanha, os vereadores que transitam do actual executivo, Maria João Grácio, a vereadora da maioria absoluta, João Mora Leitão, cabeça de lista do PSD à Assembleia Municipal e os dois presidentes de Junta eleitos. Numa entrevista ao site entroncamentoonline Jaime Ramos tinha dito que merecia a maioria absoluta. Na hora da vitória quando interrogado sobre isso elogia os eleitores. “Os habitantes do Entroncamento são pessoas esclarecidas. Sabem fazer a distinção entre autárquicas e legislativas”. Uma observação a propósito. Nas eleições de Fevereiro deste ano, para o Parlamento, o PS obteve no Entroncamento uma grande vitória. Mais do dobro dos votos destas eleições.Nas sedes dos restantes partidos reina o desânimo. O candidato do PS, Alexandre Zagalo, considera o resultado uma “derrota pessoal” embora também o associe a uma “conjuntura nacional” desfavorável ao seu partido. A CDU, afastada do executivo, lamenta sobretudo a maioria absoluta do PSD. “Na campanha, alertámos para o perigo que isso podia constituir”, diz a candidata Telma Jorge. O BE desce 2,5%. O candidato, Henrique Leal, diz que os partidos mais pequenos foram “asfixiados” por uma campanha bipolarizada que apelou ao voto útil. Acusa o PS de ter feito “uma péssima campanha” e o PSD de ter “montado uma operação de cosmética no último ano” do mandato. Paulo Veiga, o candidato do CDS/PP que veio de Sintra refere que o importante não era a votação mas o facto de o partido ter aparecido a dar a cara. Compreende-se, teve 144 votos. Menos de metade dos brancos e nulos.Ana Geraldes/O MIRANTE
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