Vinhos do Ribatejo lançam campanha para melhorar imagem do produto
Os empresários vinícolas do Ribatejo estão a preparar uma “forte campanha de promoção” para melhorar a imagem do vinho e dos produtores da região, anunciou o Governador Civil de Santarém.Em declarações à agência Lusa, Paulo Fonseca revelou que será criada uma estrutura que reúne empresários, promotores turísticos, comerciantes, autarquias e organismos estatais para desenvolver uma “estratégia conjunta” de qualificação do sector.Ao contrário do que sucede noutras zonas do país, como o Alentejo, 88 por cento dos vinhos do Ribatejo são de mesa, cabendo a fatia restante da produção aos de Denominação de Origem Controlada (DOC) e Regionais, explicou o Governador Civil, mostrando-se preocupado com a falta de valorização comercial do produto.É que, salientou, algumas marcas de vinhos “são já exemplos de referência” como o prova o elevado número de prémios conquistados, mas ainda permanece a “ideia feita” que a produção do Ribatejo está muito associada ao “vinho a martelo”.Para contrariar esta imagem, foi segunda-feira apresentado publicamente um cálice, desenhado pela Vista Alegre, destinado ao consumo dos vinhos do Ribatejo, à semelhança do que já foi feito noutras zonas vitivinícolas do país.“Constituiu-se um grupo de trabalho sobre os vinhos do Ribatejo para melhorar a produção e projecção” do sector, explicou Paulo Fonseca, considerando que na “qualificação da imagem há muito a fazer”.O objectivo é “criar acções de promoção e de organização” que melhorem a imagem dos produtos no mercado e aumentem a qualificação da produção, reforçando o número de vinhos regionais e DOC.Nesse sentido, este grupo de trabalho irá realizar um “Fórum dos Vinhos do Ribatejo” e os restaurantes do distrito estão sensibilizados para incluir “uma boa carta regional”.Além disso, Paulo Fonseca quer o aumento das exportações, pelo que a estratégia de promoção irá visar também mercados internacionais, ganhando novos consumidores para um sector que tem crescido nos últimos anos sem ter um aumento exponencial das receitas, ao contrário do que sucedeu noutras zonas do país.Lusa
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