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Independentes acusam maioria de ter tentações hegemónicas

Na Câmara de Tomar

Cinco dos sete pontos da ordem de trabalhos da primeira reunião pós eleitoral da Câmara de Tomar receberam o voto contra dos dois vereadores independentes, que acusam a maioria social-democrata de querer gerir o município como “um clube de amigos”.

“Querem transformar um órgão público da administração local, responsável pela gestão do concelho, num «clube de amigos» que, periodicamente, aceita partilhar uma reunião com os outros três vereadores”, dizem os vereadores eleitos pelo movimento Independentes por Tomar, na declaração de voto que leram durante a discussão dos pontos da agenda.Pedro Marques e Rosa Dias acusam ainda a maioria social-democrata de pretender esvaziar por completo o funcionamento colegial da câmara e o conteúdo de discussão com os sete eleitos.Para os eleitos pelo movimento independente há uma redução real do número de eleitos da câmara municipal de sete para quatro, pela não atribuição de pelouros aos três vereadores da oposição – dois independentes e um do PS – e ainda pelo facto das competências terem sido delegadas no presidente e nos “seus vereadores”.Pedro Marques e Rosa Dias chamam ainda a atenção para o facto de Ivo Santos, ex-vereador, ter assumido a chefia do gabinete do presidente do município. Um presidente “que curiosamente chamou a si parte significativa dos anteriores pelouros do ex-vereador”.Por discordarem das atitudes “tomadas e publicitadas pela maioria antes da primeira reunião do executivo”, os vereadores do movimento Independentes por Tomar votaram contra as propostas de delegação de competências no presidente da câmara. Pronunciaram-se também contra a nomeação dos vereadores em regime de tempo inteiro, a nomea-ção do conselho de administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) e a determinação da sua remuneração.Apenas a nomeação de um novo secretário para as reuniões do executivo e a ratificação dos actos, decisões ou autorizações proferidas durante o perío-do de gestão (depois do acto eleitoral e antes da tomada de posse) “passaram” pelo crivo de Pedro Marques e Rosa Dias.O vereador socialista Carlos Silva preferiu abster-se em todos os pontos da agenda, pelo que todas as propostas foram aprovadas apenas com os votos favoráveis do presidente e dos três vereadores social-democratas.

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