Universidade chinesa quer criar pólo no Ribatejo
Pólo de ensino superior de medicina oriental deverá abrir dentro de dois anos
Pedro Choy, especialista em medicina oriental, diz que Almeirim e Salvaterra de Magos estão bem posicionadas para acolher o estabelecimento de ensino.
O reitor da universidade chinesa de Cheng Du anunciou que tenciona instalar em Portugal no prazo de dois anos o primeiro pólo de ensino superior de medicina oriental fora da China, um projecto que contempla a criação de um hospital universitário. Almeirim e Salvaterra de Magos são duas fortes hipóteses, tendo os respectivos municípios manifestado interesse em acolher esse equipamento em recentes contactos com os mentores do projecto.Em declarações à Agência Lusa, Fan Xin Jian explicou que a universidade tenciona abrir em Portugal um pólo universitário vocacionado para a medicina chinesa, o primeiro do género fora da China, justificando esta escolha com a parceria existente com a Associação Portuguesa de Acupunctura e Disciplinas Associadas (APADA).“Penso que a universidade abrirá no prazo máximo de dois anos”, afirmou por seu turno Pedro Choy, presidente da APADA e especialista em medicina chinesa com vários consultórios na região. O mesmo responsável confirma mesmo como “muito provável” a instalação do equipamento na região do Ribatejo, em particular nos concelhos de Almeirim ou Salvaterra de Magos.Fan Xin Jian, responsável pela mais antiga universidade chinesa, instalada numa cidade com oito milhões de habitantes e com cerca de 25 mil alunos, explicou que esta decisão faz parte de uma estratégia de promoção desta actividade, que já levou a parcerias com mais de cem países.“A pesquisa da medicina tradicional chinesa não pertence apenas à China mas a todos os povos”, disse, mostrando-se satisfeito com o trabalho feito pelos responsáveis da APADA na promoção e realização de cursos junto de interessados.“Todos os anos, (a APADA) mandou alunos para fazer estágio connosco” e “estamos satisfeitos com os bons resultados e com o talento dos alunos portugueses”, disse, garantindo que o pólo será construído em Portugal.“Quando existirem condições de estar pronto, sem dúvida que faremos o pólo em Portugal”, disse.Por seu turno, Pedro Choy, presidente da APADA, deverá ser o responsável por esta estrutura de ensino privado, que procura conquistar estudantes da Europa, já que o reconhecimento das licenciaturas será feito de forma automática pela universidade de Cheng Du.“Teremos o hospital e a universidade de medicina chinesa mais pertos da Europa” e os alunos não terão de aprender os conteúdos em chinês mas em inglês ou português, explicou, confiando no sucesso deste projecto.Até ao momento, a APADA já atribuiu diplomas a cerca de 300 alunos, que viram as suas competências depois reconhecidas pela universidade de Cheng Du.O sucesso académico destes alunos na universidade chinesa foram um “contributo importante” para a valorização do ensino feito em Portugal junto dos responsáveis de Cheng Du, que agora se mostram abertos à abertura de um pólo, acrescentou Pedro Choy.O MIRANTE/Lusa
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