Apostar em novos mercados
Sector vitivinícola deve preparar-se para desafios da globalização
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, advertiu terça-feira o sector do vinho para que se prepare para os desafios da globalização e para a reforma institucional vitivinícola que a Comissão Europeia vai apresentar em 2006.Em declarações à Agência Lusa, no segundo dia de visita à região vitivinícola do Alentejo, Jaime Silva defendeu que o sector deve apostar nas exportações e encontrar novos mercados internacionais, dando como exemplo a China.“A Comissão Europeia deverá apresentar em 2006 uma proposta de reforma do sector do vinho”, explicou o ministro, considerando ser a “altura apro-priada para ver em que medidas é que as estruturas do Ministério da Agricultura respondem às necessidades do sector”.O titular da pasta da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas falava à Agência Lusa durante uma visita ao Alentejo, onde iniciou um périplo pelas principais regiões produtoras de vinho para antecipar a reforma institucional do próximo ano.A proposta de reforma da Organização Comum de Mercado (OCM) do sector do vinho aponta, segundo o ministro, para uma “maior liberalização do mercado europeu e mundial”.Segundo o ministro, as reformas que se avizinham no sector “vão dar mais responsabilidades” aos Estados-Membros da União Europeia e aos agentes económicos.“É um desafio para o sector, para o Governo e para o Ministério da Agricultura saber encontrar qual a estrutura mais adequada para o desafio da globalização”, realçou.Nesse sentido, Jaime Silva quer discutir com os dirigentes do sector as reformas previstas e a “adaptação das estruturas do Ministério da Agricultura aos novos desafios”.Questionado pela Lusa sobre outras possíveis implicações da reforma para o sector do vinho em Portugal, o governante admitiu a possibilidade de “desaparecerem” alguns dos instrumentos de apoio Comunitário existentes.“Há um em que vamos bater-nos para se manter, e que está subjacente ao programa VITIS, prevendo ajuda à reconversão e à reestruturação da vinha”, realçou Jaime Silva.Destacando os “bons investimentos empresariais e as boas adegas”, o governante considerou ainda ser o vinho um sector que “está maduro para enfrentar reformas e ainda por cima exporta”.O ministro da Agricultura iniciou segunda-feira um périplo pelas principais regiões produtoras de vinho.Lusa
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