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Injecção para evitar leilão

Injecção para evitar leilão

Câmara de Alpiarça mete 15 mil euros na AgroAlpiarça

A cooperativa agrícola AgroAlpiarça tinha quatro terrenos penhorados por dívidas de retenções na fonte de IRS.

A Câmara de Alpiarça decidiu injectar 15 mil euros na AgroAlpiarça, para evitar que quatro terrenos da cooperativa fossem vendidos pelas Finanças para pagamento de uma dívida. A autarquia, que detém mais de 90 por cento do capital da cooperativa agrícola, conseguiu desta forma suspender a execução fiscal. O apoio da autarquia, através de um contrato de suprimentos, foi aprovado por unanimidade na última reunião do executivo camarário, mediante uma proposta do presidente da câmara, Joaquim Rosa do Céu (PS), datada de 3 de Outubro. Ao todo a AgroAlpiarça devia 12.533,50 euros de retenções na fonte de IRS de vários períodos, aos quais acrescia juros de mora.Este é mais um episódio ilustrativo da complicada situação financeira da AgroAlpiarça e que tem vindo a piorar nos últimos tempos. O passivo em 2004 era de 1,574 milhões de euros. Em 2001 o montante do passivo era de 1,135 milhões de euros. Em Maio último, a assembleia municipal aprovou uma proposta da câmara para a criação de uma empresa municipal, com vista à viabilização da cooperativa. Denominada de Patudos – Investimentos Agrícolas, a empresa, segundo a proposta, ficou autorizada a celebrar com a AgroAlpiarça um contrato de cessão de exploração de toda a actividade pelo prazo de 12 anos. O presidente da autarquia, Joaquim Rosa do Céu, ficou mandatado para negociar e aprovar os termos e condições desse contrato. Desta forma a câmara passa também a controlar a cooperativa, já que anteriormente como simples cooperante, apesar de deter a maioria do capital, tinha direito a apenas a um voto. Com base na proposta da câmara, ficou também aprovada e autorizada a entrada em espécie de vários imóveis propriedade do município para o capital social da Patudos. Entre eles estão o Casal Monteiro, Os Quarenta, Lagoalva de Baixo, Capitão Mor, Cardal.Recorde-se que só a um mês das eleições autárquicas (dia 9 de Outubro) foi nomeado o conselho de administração da Patudos – Investimentos Agrícolas. O presidente da Câmara de Alpiarça, Joaquim Rosa do Céu, assume na empresa o cargo de presidente do conselho de administração.Faz também parte do conselho de administração Jorge Manuel Durão Neves e João António Martins, que ganha uma avença mensal de 1.820 euros. Até esta altura a Câmara de Alpiarça nunca forneceu a O MIRANTE a proposta de viabilização da AgroAlpiarça e a proposta de estatutos da empresa municipal Patudos. Apesar de os documentos terem sido solicitados num fax enviado em 29 de Abril último, dia em que foram aprovados em reunião do executivo. O MIRANTE voltou a solicitar os documentos referidos no fax datado de 4 de Maio, mas nunca obteve qualquer resposta.
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