O escritor e dramaturgo Bernardo Santareno, falecido em 1980, está a ser homenageado em Santarém, cidade onde nasceu em 1920. As comemorações do 85º aniversário do nascimento abriram ontem, 22, com a inauguração de uma exposição bio-bibliográfica, patente no bar/galeria do Teatro Sá da Bandeira até 3 de Dezembro. A mostra, organizada pela Biblioteca Municipal de Santarém, conta com a colaboração do Museu do Teatro. De 24 a 26 de Novembro, o Centro Dramático Bernardo Santareno apresenta no Teatro Sá da Bandeira a peça “A Confissão”, a partir das 21h30. A interpretação estará por conta de Pedro Cassiano, Paula Nunes e Carla Reis. A encenação é de José Manuel Rodrigues.Bernardo Santareno, pseudónimo de António Martinho do Rosário, é considerado o maior dramaturgo português da segunda metade do século XX. Nasceu em Santarém a 19 de Novembro de 1920. Formou-se em medicina na Universidade de Coimbra, tendo-se especializado em psicologia. Trabalhou com pessoas cegas na Fundação Sain e junto de jovens no Instituto de Orientação Profissional.Iniciou a sua produção teatral em 1957 com a publicação de “O Bailarino”, “A Promessa” e “A Excomungada”. Até 1962 publicou obras como “O Lugre”, “António Marinheiro” ou “Anunciação”.A censura proíbe a representação de algumas das suas peças, mas a escrita prossegue o seu curso. Em 1966 surge “O Judeu” e em 1967 “O Inferno” – nunca representada. Em 1974 surge outra obra emblemática “Português, escritor, 45 anos de idade”.Depois da revolução escreve ainda “Os Marginais e a Revolução” e “O Punho”, esta também nunca representada.