A crise agudizou-se no União de Almeirim e o presidente da direcção, Paulo Almeida, solicitou a convocação de uma assembleia-geral, que se realizou no dia 15 de Novembro, para dar conta da situação aflitiva que se vive no histórico clube de Almeirim. Situação financeira tão grave que, na sua opinião, torna o clube quase inviável.A direcção presidida por Paulo Almeida tomou conta do clube há nove meses, e na altura procurou que fosse efectuada uma auditoria à vida do clube. Auditoria que não foi por diante porque não havia dinheiro para a pagar. “Queríamos saber claramente com o que contávamos, mas isso não foi possível. Pedimos então para que os credores do clube nos apresentassem as suas contas”. E os números são surpreendentes. Na altura a direcção que saiu apontava para uma dívida de pouco mais de 100 mil euros, mas ao longo destes nove meses de vida desta direcção esses números foram claramente ultrapassados, e numa altura em que ainda não se sabe bem qual é o montante da dívida herdada, os números já ultrapassaram os 200 mil euros.“Temos desenvolvido um trabalho sério. Já pagámos mais de 20 mil euros de dívidas atrasadas, mas todos os dias aparecem novas contas atrasadas por pagar. Houve muita irresponsabilidade das pessoas que passaram pelas direcções anteriores à nossa. É preciso que os sócios tenham conhecimento de como as pessoas irresponsáveis que estiveram no clube o deixaram”, referiu Paulo Almeida. Por não saber o que fazer, e também por não encontrar forma de responsabilizar quem colocou o clube nesta situação, Paulo Almeida pediu a demissão, mas os sócios presentes na assembleia, não lha concederam. “Aceitei ficar, porque ficou assente que se ia procurar encontrar soluções para a continuação do clube. Os almeirinenses têm que se unir para salvar o clube mais representativo da cidade”.Mas a continuidade de Paulo Almeida à frente dos destinos do União de Almeirim está dependente de uma nova reunião da assembleia-geral, marcada para o dia 30 de Novembro, às 21h30. “Onde terão que aparecer pelo menos 20 mil euros para colmatar situações de dívida que têm que ser pagos a curto prazo. Se isso não acontecer, deixo mesmo a presidência do clube”, garantiu. “Nem eu nem os meus companheiros de direcção podemos continuar a prejudicar a sua vida particular para colmatar situações muito gravosas, e ver as pessoas que as causaram, não serem responsabilizadas”, disse com tristeza Paulo Almeida.