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As palavras que fazem sonhar os homens

Nuno Figueiredo venceu a primeira edição do prémio de poesia Natércia Freire

A obra “Amargas Cores do Tempo”, de Nuno Figueiredo, ganhou o Grande Prémio de Poesia Natércia Freire.

A poesia pode não mudar o mundo, mas através dela “se avia a morte, se resiste ao sofrimento e ao sentimento trágico da vida”. As palavras são do poeta Nuno Figueiredo, vencedor da primeira edição do Grande Prémio de Poesia Natércia Freire, patrocinado pela Companhia das Lezírias com o apoio da Câmara Municipal de Benavente.O prémio foi recebido na noite de sábado, no auditório do Cine-Teatro de Benavente, pelo autor de “Amargas Cores do Tempo”, depois de um momento musical com o pianista Domingos António. Nuno Figueiredo, 62 anos, é engenheiro de formação, gestor comercial de profissão e reside em Coimbra.O poeta apelou à organização para que edite a obra premiada com a chancela de uma editora nacional, ajudando desta forma a prestigiar também o nome de Natércia Freire.Para o presidente da Câmara Municipal de Benavente, António José Ganhão, o significado do prémio ultrapassa o âmbito do espaço concelhio de Benavente para se tornar mais amplo, “conforme o espírito da autora que lhe dá o nome”.O prémio nacional, que terá realização bienal, teve a participação de 207 autores de todo o país e de alguns residentes no estrangeiro. As obras “Segmentos” de Sara Costa, “O Vermelho e o Verde” de José Jorge Letria e “Os Filhos Baldios” de Luís Aguiar foram distinguidos com menções honrosas.Segundo dados da Associação Portuguesa de Escritores, o Grande Prémio de Poesia Natérica Freire foi um dos concursos mais participados do género realizados nos últimos anos em Portugal.Para o autarca de Benavente este é mais um motivo para deixar orgulhosos os conterrâneos da mulher, escritora, poeta e jornalista que foi Natércia Freire, “um vulto maior da literatura contemporânea”.Ana Santiago

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