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O veterinário apaixonado por escultura

Xavier Correia está completamente rendido à arte

Durante mais de duas décadas o médico veterinário de Santarém, Xavier Correia, 52 anos, viveu exclusivamente para a profissão. Foi já numa altura tardia da sua vida que descobriu a paixão pela escultura.

Na década de 90 um cepo de madeira trabalhado pelo médico transformou-se numa boneca estilizada. A peça chamou a atenção de alguns especialistas e motivou o médico a dedicar-se ainda mais à produção artística.Hoje, Xavier Correia, com uma carreira sénior na medicina veterinária, garante que seria capaz de trocar de profissão se fosse possível sobreviver da arte. “Na carreira de veterinário já vi muito. Na arte tenho quase tudo para conhecer”, confessa. Mas esse é um sonho difícil de realizar, mesmo para quem já é profissional da área. “Ninguém consegue viver da arte”, reconhece.O mercado é pequeno e a arte não se compadece com a produção em massa. “Conheço apenas uma pessoa que vive da arte. Mas tem um horário rígido e trabalha como um operário”, confidencia. Xavier Correia não está disposto a fazer cedências no seu processo criativo. Vai criando ao seu ritmo em ferro, madeira e pedra. A falta de habitações com espaços que permitam enquadrar obras de arte pode ser um dos motivos para a falta de compradores, na opinião de Xavier Correia. “A escultura precisa de espaço para ser apreciada. É preciso andar à volta dela”.Essa é uma exigência básica para contemplar “Pedringo”, uma das últimas esculturas do autor, em ferro e pedra, apresentada no Salão de Outono, em Santarém, representação do homem com corpo de cão ou do cão com cabeça de homem.

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