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“Só me arrependo de não ter saído no final da época passada”

Cláudio Madruga não resistiu “às forças de bloqueio” e deixou o Amiense

À segunda foi de vez. Cláudio Madruga deixou o Amiense e o clube de Amiais de Baixo procura agora novo técnico. Na hora da saída, Madruga não poupa o presidente do clube, Joaquim Mário.

Os avanços e recuos da saí-da do treinador Cláudio Madruga do comando técnico do Amiense acabaram com o desenlace mais esperado - o divórcio total e a consequente despedida do técnico.Cláudio Madruga tinha pedido a demissão no dia 30 de Outubro, logo a seguir a uma derrota caseira frente ao Caranguejeira, mas a pedido dos jogadores acabou por ficar, embora numa situação pouco cómoda para ele. Agora, perante a continuação dos maus resultados, que culminaram com a derrota sofrida no domingo no Fundão, a sua saída consumou-se e desta vez sem possibilidade de recuos.O treinador garante que sai com os jogadores no coração, que em sua opinião formam um grupo de trabalho extraordinário, que não merece estar na situação em que se encontra. Mas sai também magoado com alguns dirigentes. Apontando o dedo claramente para o presidente do clube, Joaquim Mário, garante que nunca teve o seu apoio e considerou mesmo que o dirigente “foi sempre uma força de bloqueio” ao seu trabalho.Madruga, que recusa generalizar a falta de apoio a toda a direcção do Amiense, garantiu que Joaquim Mário nunca esteve com ele, nem mesmo durante a época anterior em que levou o clube até ao segundo lugar e à subida à terceira divisão nacional. “O presidente nunca foi com a minha cara. Tolerou-me enquanto fomos vencendo, mas mostrou sempre que não estava com a equipa, porque não estava com o treinador. Se isso não tem acontecido, se não houvessem essas forças de bloqueio, que arrastaram outras pessoas, a equipa não estaria no lugar em que está”, garante Cláudio Madruga.Por isso, o agora ex-treinador do Amiense garante que nunca se arrependeu de ter acedido ao pedido expresso dos jogadores para continuar depois do jogo com o Caranguejeira, mas já não tem essa ideia quanto ao ter continuado para esta época. “Hoje arrependo-me de não ter saído no final da época passada. Mas pensei sempre que a atitude de Joaquim Mário poderia mudar. Infelizmente isso não aconteceu e agora só desejo que o clube encontre um treinador que compreenda o grupo de trabalho e os ajude a tirar o clube do lugar em que se encontra, porque os jogadores o merecem”, disse a terminar.Colocado perante as afirmações de Cláudio Madruga, o presidente do Amiense, Joaquim Mário recusou-se a fazer qualquer comentário sobre o assunto, nem a adiantar se há ou não uma solução para colmatar a saída o treinador.

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