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Lutar e dançar ao som do berimbau

Lutar e dançar ao som do berimbau

Associação de Capoeira Alforria Santarém realizou primeiro baptismo da modalidade

A Associação de Capoeira Alforria Santarém, com sede em Vale de Estacas, realizou este sábado o primeiro baptismo da modalidade no qual participaram vários alunos desta associação e elementos de outras escolas de capoeira.

A capoeira é um misto de arte marcial, jogo e dança. Os capoeiristas juntam-se numa roda e simulam ataques e defesas constantes, rápidas e inesperadas, onde o corpo atinge um nível elevado de elasticidade, destreza e habilidade. A continuidade e a harmonia dos movimentos nunca se perdem, sempre ao ritmo dos instrumentos musicais.A escola de capoeira de Santarém foi criada há oito meses pelo instrutor Altair, um jovem brasileiro apaixonado por esta arte. A convite do Dojo de Karaté de Vale de Estacas, que funciona na estrada da estação, junto à rotunda da estrada militar, o instrutor começou a dar aulas e o número de alunos tem aumentado. Actualmente são dez, na sua grande maioria jovens, embora a capoeira seja para todas as idades.O único requisito para se praticar capoeira é uma forma física no mínimo razoável para executar os vários exercícios. A evolução na modalidade vai sendo feita progressivamente e faz-se notar através da cor dos cordões. O praticante começa sem nenhum cordão e, progressivamente, vai mudando a cor do mesmo, à semelhança de outras artes marciais.A evolução é validada por um instrutor, professor ou mestre, que avalia os conhecimentos práticos (perfeição dos vários movimentos), teóricos (história da modalidade), e musicais, e a preparação física. Para se chegar ao topo da capoeira e atingir o grau de mestre, pode demorar-se cerca de 30 a 40 anos.Na componente musical, os capoeiristas têm de aprender a tocar berimbau, um instrumento de percussão constituído de um arco feito de uma vara de madeira de comprimento aproximado de 1,20m e um fio de aço ou arame preso nas extremidades da vara. Numa das extremidades do berimbau é colocado uma cabaça que funciona como caixa de ressonância. Há vários tipos de berimbau, sendo os mais utilizados o gunga (com som mais grave), o violinha (mais agudo) e o médio (com som médio). Há também outros dois instrumentos: o pandeiro (formado por um aro de madeira com uma pele por cima) e o atabaque (tambores de origem afro-brasileira).As letras das músicas são, em boa parte, centenárias mas também há letras recentes e até outras que são uma espécie de desgarrada, com provocações e elogios entre os capoeiristas.Os baptismos como o que aconteceu no sábado em Santarém, são o momento em que o aluno principiante entra no mundo capoeira. Entra na roda com um mestre ou um professor que o irá baptizar na modalidade e a partir daí recebe o apelido de capoeirista. O baptismo é também um momento de festa e de encontros entre capoeiristas.Além dos baptismos, os capoeiristas participam frequentemente em encontros e a escola de Santarém está a programar um grande encontro para Santarém, no mês de Fevereiro.As aulas na Associação de Capoeira Alforria Santarém são às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 21h30 e as 22h30, nas instalações do Dôjo de Karaté em Vale de Estacas. Quem estiver interessado em participar só precisa de se dirigir a um dos treinos (só recomeçam em Janeiro), ou fazer marcação prévia com o instrutor Altair através do telefone 917 996 996.
Lutar e dançar ao som do berimbau

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