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Mil oficinas encerradas nos últimos três anos

Calcula-se que se tenham perdido 7.200 postos de trabalho

Cerca de mil oficinas de reparação automóvel encerraram nos últimos três anos em Portugal, o que representa cerca de 7.200 postos de trabalho perdidos no sector, alertou segunda-feira a Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN).

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ARAN referiu que a diminuição dos postos de trabalho nas oficinas de reparação é “preocupante” num sector actualmente constituído por 9.000 empresas.António Teixeira Lopes, que falava à margem de uma conferência de imprensa promovida na sede da ARAN, no Porto, fez um “balanço negativo” de 2005 para o sector automóvel, “não apenas pelas vendas, mas por não se perspectivar resultados positivos futuros”.Em termos acumulados, apesar de se perspectivar para 2005, em relação a 2004, uma ligeira subida de 2,3 por cento nas vendas de ligeiros de passageiros, para 202 mil viaturas, estima-se uma queda homóloga de dois por cento nas vendas de comerciais ligeiros, para 69.300 automóveis.Para 2006, a ARAN estima uma “estagnação das vendas” e prevê que a tendência do consumidor seja a de procurar um segmento inferior na aquisição de viaturas automóveis.O responsável atribuiu o “mau desempenho” do sector a vários factores, entre os quais a degradação do clima de confiança da economia portuguesa, associados ao aumento das taxas de juros e à subida “galopante” dos combustíveis.De acordo com os dados da ARAN, o particular que utiliza a sua viatura a gasolina para ir para o emprego e passear ao fim-de-semana gastou este ano em média mais 60 euros por mês do que em 2004, o que vai representar no final do ano um gasto superior na ordem dos 720 euros.O particular que utiliza a sua viatura a gasóleo, por sua vez, gastou mais 85 euros por mês, que corresponderá a um esforço adicional de 1.000 euros no final do ano.Teixeira Lopes reiterou ainda a sua preocupação relativamente ao progressivo envelhecimento do parque automóvel português, constituído actualmente por 35 por cento de viaturas com mais de 10 anos, um número que considerou “extremamente elevado”.Das restantes viaturas, 34 por cento têm entre cinco e 10 anos e 30 por cento até cinco anos, acrescentou.Em 2004, o parque automóvel português integrava 5,4 milhões de viaturas.Lusa

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