Resido há largos anos no centro histórico de Tomar, apesar de não ter nascido na bela cidade do Nabão, sinto que sou mais tomarense que muitos filhos da terra. Moro perto da Rua dos Moinhos, coração do comércio e turismo do centro histórico, passagem diária de centenas transeuntes como de turistas contemplando a riqueza arquitectónica, onde bem perto numa rua transversal se encontra a famosa sinagoga de Tomar.O que me levou a escrever esta carta é a indignação com uma obra numa casa particular que se iniciou há perto de 2 anos, logo no início da Rua dos Moinhos com a Rua Serpa Pinto, vulgo Corredoura, onde abriram um buraco na parede junto ao chão para instalação de águas e afins, levantando alguma da calçada. Todos nós sabemos que quando há obras, temos de passar alguns contratempos temporários para melhoramento das condições, mas neste caso já passa demasiado tempo. Quem por ali passa tem que olhar bem para o chão, não vá tropeçar nalguma pedra, pois um grande monte delas encontra-se ali desde o início das obras. Mas o mais grave é que não se vê ninguém a trabalhar lá há diversos meses, ficando-se com a ideia que aquilo ficou ali para durar. Para cúmulo a folha da licença de obras lá exposta, de comida pelo sol, ficou sem letras que possam identificar o responsável da obra ou até o término da mesma.Penso que é obrigação de todos olhar pelo espaço comum e cuidarmos dele convenientemente.António dos Santos Silva