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O primeiro embate da nova maioria

Oposição viabiliza grandes opções dos socialistas em Alverca

O executivo da Junta de Freguesia de Alverca espera gastar um milhão e 684 mil e 670 euros no próximo ano. O orçamento subiu 1,52 por cento em relação ao ano em curso, um valor abaixo da inflação prevista, pelo que haverá menor capacidade de investimento na maior freguesia do concelho de Vila Franca de Xira.

Este é o primeiro orçamento da nova maioria socialista. Nas eleições de 9 de Outubro, a lista encabeçada por Afonso Costa afastou a CDU do poder que os comunistas detinham há 29 anos. O orçamento e as grandes opções do plano para os próximos quatro anos foram aprovados pela assembleia de freguesia na sexta-feira.As abstenções da CDU e da coligação PSD/CDS-PP viabilizaram os documentos. Houve apenas um voto contra do único eleito do BE. Paulo Alexandrino apresentou mesmo uma moção a pedir a retirada dos documentos por estarem feridos de legalidade, mas a moção foi rejeitada pela assembleia e só teve o voto favorável do proponente.A bancada da CDU, pela voz de Carla Tavares, chamou à atenção para a falta de rigor na elaboração do orçamento e para a ausência de estratégia para o mandato reflectida na escassez de investimentos com continuidade para além de 2006. Onésio Silva frisou ainda os excessivos encargos com pessoal (64,8 por cento) que condicionam o investimento e lamentou que não existam acções planeadas para os lugares da freguesia.O presidente Afonso Costa (PS) recordou que os documentos foram elaborados por um executivo com mês e meio de trabalho e frisou que muitas das situações apontadas pela CDU foram uma herança que a coligação deixou. O novo líder da freguesia salientou a necessidade da junta aumentar as receitas próprias com uma cobrança mais eficaz das taxas e licenças. Afonso Costa reconheceu a asfixia financeira provocada pelos custos com pessoal, mas reafirmou confiança nos colaboradores. “Eles precisam é de ser motivados para melhorarmos a produtividade”, disse.Sobre a alegada ilegalidade dos documentos levantada pelo BE, o tesoureiro Patrício Miguel (PS) garantiu que foram “escrupulosamente” cumpridas todas as indicações do Plano Oficial da Contabilidade da Administração Local (POCAL) e lembrou que os documentos serão sujeitos à análise e verificação de várias entidades, de várias tutelas e do Tribunal de Contas.“É um orçamento de verdade, o orçamento possível, mas demonstra uma certa ambição deste executivo”, concluiu. Nelson Silva Lopes

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