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Ecologistas acusam pedreira de não recuperar paisagem

No Cabeço de Meca, Alenquer

A associação de defesa do ambiente de Alenquer, Alambi, alertou dia 4 para o incumprimento na recuperação ambiental de uma pedreira cuja actividade encerrou há dois anos.

O presidente da Alambi, Francisco Henriques, afirmou à agência Lusa que as pedreiras que encerrem a actividade “são obrigadas a fazer a recuperação ambiental e paisagística dos locais, não se compreendendo como é que a pedreira do Cabeço de Meca possa permanecer sem efectuar estes trabalhos”.“A exploração da pedreira situada no Cabeço de Meca está parada há cerca de dois anos sem que desde então tenha sido iniciado o processo de recuperação paisagística conforme o estipulado no Plano Ambiental de Recuperação Paisagística”, afirma a associação em comunicado.Os ambientalistas afirmam que a maquinaria foi retirada e que o local onde foi efectuada a exploração de inertes está transformado “num enorme lago com alguns metros de profundidade contendo seguramente algumas dezenas de milhar de metros cúbicos de água”.Contactado hoje pela Lusa, o presidente da Câmara de Alenquer, Álvaro Pedro, informou que a autarquia tem vindo a acompanhar a situação da pedreira “com alguma preocupação” adiantando que o lago “foi protegido para evitar o perigo de acontecer algum acidente”.Álvaro Pedro acrescentou que “a recuperação ainda não se iniciou porque o plano elaborado pela empresa ainda não foi aprovado pelo Ministério do Ambiente”.“Pensamos que a aprovação do plano esteja iminente e sabemos que a empresa também está disposta a avançar com os trabalhos”, frisou o autarca.Por seu lado, os ambientalistas criticam ainda a empresa que explorou o local por “a pedreira estar licenciada para explorar uma área com uma profundidade máxima de 230 metros mas esta cota foi ultrapassada em pelo menos 20 ou 30 metros”.No concelho de Alenquer existe uma área de extracção de inertes de cerca de 500 hectares, onde, segundo a Alambi, “a maior parte das vezes” não são cumpridas as normas ambientais.“Alenquer é uma terra sem lei no que diz respeito às pedreiras porque são obrigadas a fazer estudos de impacte ambiental onde se diz que têm que tomar medidas minimizadoras mas nem essas tomam”, assinalou Francisco Henriques.Lusa

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