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Governo quer resolver de vez problema dos efluentes agro-pecuários

Os ministérios do Ambiente e da Agricultura anunciaram dia 4 em Leiria a nomeação de um grupo de trabalho para estudar uma solução definitiva para o problema dos efluentes agro-pecuários em Portugal, através de uma comparticipação estatal.

O grupo de trabalho vai analisar soluções de financiamento e de gestão de modelos de saneamento para sectores agro-pecuários, procurando replicar a solução encontrada para Leiria, disse o ministro do Ambiente, Nunes Correia, durante a cerimónia de adjudicação da primeira Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) para as suiniculturas de Leiria.Em Leiria, os dois ministérios apoiam em 30 por cento a fundo perdido o investimento global (de quase 35 milhões de euros) por parte dos empresários suinícolas para resolver o tratamento dos efluentes das suas explorações, os grandes responsáveis pela degradação ambiental do rio Lis.Os efluentes pré-tratados serão depois injectados no sistema de tratamento dos esgotos domésticos, o que irá garantir a sua total integração posterior nos modelos empresariais geridos pelas autarquias e pela empresa Águas de Portugal.Agora, o Governo espera aplicar medidas semelhantes em zonas com forte incidência de suiniculturas como a região Oeste, a Península de Setúbal e Monchique ou nas vacarias de Entre Douro e Minho, explicou Nunes Correia.“Os utilizadores e os beneficiários directos” serão os empresários, considerou o ministro, admitindo ainda obter apoios comunitários para estes projectos.“Não vejo razão” para que parte destes sistemas não possa receber fundos comunitários, embora sem configurar “benefícios directos que distorçam a concorrência”, disse o governante.O grupo de trabalho que está a realizar o Plano Estratégico Nacional para os Efluentes Agro-pecuários integra elementos da Águas de Portugal e dos Ministérios do Ambiente e da Agricultura e deverá apresentar as primeiras conclusões sobre esta questão dentro de três meses.O ministro alertou que, apesar do empenho do Governo nesta matéria, “os agentes económicos têm um problema para resolver”, porque a poluição é da sua responsabilidade.“Hoje estamos aqui a tratar do caso do Lis, mas estamos a dar um passo que tem alcance nacional”, considerou.Lusa

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