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Promoção do vinho deve ser uma constante

Promoção do vinho deve ser uma constante

Cartaxo e o Ribatejo devem apostar em marcar a diferença

O Ribatejo e o Oeste devem de caminhar de mãos dadas na divulgação dos seus bons produtos para marcar a diferença face à grande Lisboa. Para isso há que mudar mentalidades e apostar no profissionalismo a cem por cento.

O presidente da Câmara do Cartaxo quer que os sectores produtivos do concelho e da região arrisquem um modelo conjunto de crescimento e deixem de contemplar os respectivos “umbigos”.Perante uma plateia de produtores e outros convidados que encheram o auditório da Quinta das Pratas, durante a apresentação da 18.ª Festa do Vinho do Cartaxo, Paulo Caldas (PS) sublinhou que a autarquia e a região têm de apostar em sectores que criam valor acrescentado, como o do vinho. “O Cartaxo e o Ribatejo estão na moda, mas também associados ao Oeste, devemos fazer a diferença para a região da grande Lisboa”, sustentou o edil. Acompanhado do vice-presidente da Câmara do Cadaval, o autarca deu o exemplo da Casa das Peles que, ao inaugurar a nova loja no concelho, abriu também uma loja de vinhos. “Criou um novo negócio o que significa que há que trabalhar intersectorialmente”, exemplificou Paulo Caldas.Que também elogiou o papel do governador civil de Santarém na valorização do trabalho colectivo e de união da região. O Cartaxo, assegurou o edil, vai reforçar a sua política de geminações no que respeita aos produtos tradicionais do concelho, com localidades no Brasil, Angola e Moçambique, decorrendo já uma com Cabo Verde. O presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo (CVRR), Pedro Castro Rego, considerou que 2006 pode marcar a história do sector vitivinícola devido à reforma institucional em curso. Designadamente com novas definições em matéria de destilações e apoios estruturais no novo quadro de referência estratégico nacional. Segundo o responsável da CVRR, as autarquias, mundo empresarial e associações agrícolas não devem ficar indiferentes aos novos desafios e deu o exemplo dos investimentos realizados pela Adega Cooperativa do Cadaval.“Têm aproveitado bem os vinhos leves que ficaram destinados ao Ribatejo e à Estremadura, mas em que nós não temos apostado. Há que aproveitar as oportunidades para nos diferenciarmos com novos produtos e marcar a diferença”, defendeu.Castro Rego recordou que o mercado e a venda dos vinhos certificados estão estagnados mas que a região conseguiu ultrapassar o valor médio de vendas em relação a outras regiões. “Há que continuar a apostar no relançamento de vinhos do Cartaxo e da região”, sustentou.Presente na apresentação da festa, o presidente da Viniportugal referiu a O MIRANTE que os empresários agrícolas e produtores têm de o ser a 100 por cento.“Temos uma prova de vinhos do Ribatejo anualmente nas Amoreiras e só apareceu um produtor. Nesta actividade há que ser produtor todos os dias, sábados incluídos, porque a promoção dos vinhos deve ser uma constante” considerou Vasco Avilez.O líder da Viniportugal, entidade que faz a promoção dos vinhos portugueses no estrangeiro, sugeriu também que, quando um produtor vai ao restaurante e apenas vê um vinho do Ribatejo no cardápio, deverá optar por esse vinho e, numa próxima ocasião, tentar fornecer aquele estabelecimento. “Há que mudar mentalidades e cada um ceder um pouco do que é seu para trabalhar em conjunto. Se há muitos tractores, contrate-se apenas um para fazer todas as vinhas e todos os produtores pagam dez por cento”, deixou em tom de sugestão.Apesar das vicissitudes, Vasco Avilez considera que nos últimos 15 anos houve uma revolução positiva dos vinhos do Ribatejo. E defendeu que os produtores devem ir de encontro ao gosto dos consumidores, produzindo vinhos encorpados, de qualidade e a preços mais razoáveis. Ricardo Carreira
Promoção do vinho deve ser uma constante

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