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Contas difíceis

Contas difíceis

Dívidas da Câmara de Chamusca ainda não estão totalmente apuradas

Já foram apurados oito milhões de euros de dívidas a fornecedores e as contas ainda não chegaram ao fim.

A situação financeira da Câmara Municipal de Chamusca está cada vez mais complicada. Eleita em Outubro, numa altura já muito conturbada, a maioria CDU, que já governa a autarquia há mais de 20 anos, ainda não conseguiu apurar por completo o valor da dívida acumulada do município.Na reunião extraordinária da assembleia municipal realizada na noite de 10 de Fevereiro, nas informações prestadas pelo vice-presidente da câmara Francisco Matias, que está a coordenar a área financeira, foi dito que a dívida a fornecedores já ultrapassa os oito milhões de euros. “E ainda estamos a procurar chegar ao fim”, acrescentou o autarca.Francisco Matias revelou também que a situação da dívida à Caixa Nacional de Aposentações já está regularizada e que os trabalhadores que se encontravam à espera da reforma já se encontram aposentados. Mas Fernando Santos, da bancada do PS, lembrou que “a dívida não deixou de existir, foi comprada por uma entidade bancária a quem a câmara vai ter que pagar”.Entretanto a câmara municipal tem vindo a assumir vários protocolos, com entidades da área social, juntas de freguesia e clubes. Protocolos que foram ratificados quase sempre por unanimidade. “Sabemos que são protocolos que vêm substituir acordos já firmados há muitos anos, e os quais a câmara raramente tem cumprido. Há dívidas que já vêm de há quatro anos. Só aos Bombeiros da Chamusca, há uns dias atrás, a dívida era de mais de 100 mil euros”, referiu o porta-voz do PS.Voltou também a ser aprovado o empréstimo de tesouraria, que já vem sendo renovado desde o ano 2000. “É um empréstimo que já vem a girar há seis anos, e vamos ter que continuar a fazê-lo até o conseguirmos pagar. Não vai aumentar a dívida pois é feito para se pagar a ele próprio”, referiu o presidente da câmara, Sérgio Carrinho.Francisco Matias e Sérgio Carrinho deram ainda conta de que as negociações das dívidas, quer a fornecedores quer a entidades bancárias, têm sido negociadas e têm contado com a compreensão de toda a gente. Mas garantiram que o ano de 2006 vai ser um ano de carência.“Vamos trabalhar em negativo, em relação ao que vamos receber do Fundo de Equilíbrio Financeiro, que representa mais de oitenta por cento do orçamento da autarquia. As despesas fixas já apuradas são superiores”, referiu Sérgio Carrinho.No entanto, e face às grandes dificuldades de tesouraria, foi decidido recorrer ao pedido de adiantamento do duodécimo do mês de Dezembro de 2006. Uma decisão que, embora não agradasse à oposição, foi aprovada por unanimidade. Já no final da reunião, Emídio Cegonho, da CDU, foi eleito para representar a Assembleia Municipal de Chamusca na Comissão Concelhia de Saúde. E foi votada por unanimidade uma proposta de suspensão do Plano Director Municipal, para ser possível legalizar as obras já em curso na zona do Relvão, na Carregueira, referentes à instalação de empresas da área do ambiente.
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