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Dívida da Câmara de Santarém não pára de crescer

Dívida da Câmara de Santarém não pára de crescer

Moita Flores diz que não há um tostão para pagar a fornecedores

O presidente da Câmara de Santarém acusa a oposição de travar as soluções que tem apresentado e responsabiliza-a pela situação financeira que a autarquia vive.

A dívida de curto prazo da Câmara de Santarém saltou em três meses dos 29 milhões de euros para os 38 milhões de euros. O anúncio foi feito segunda-feira pelo presidente da autarquia, Francisco Moita Flores (PSD), durante um colóquio sobre financiamento dos municípios promovido por O MIRANTE.Desde que tomou posse, em 25 de Outubro passado, as facturas de despesas feitas no anterior mandato não cessaram de cair. A dívida global vencida do município chegou aos 61 milhões de euros e em Abril deverá atingir os 75 milhões, disse ainda o autarca, na sessão realizada no auditório da delegação de Santarém do Instituto da Juventude. Os números foram usados para ilustrar a situação financeira caótica da autarquia e para acusar a oposição de lhe travar as soluções que tem proposto. Moita Flores acrescentou que, no final de Janeiro, a câmara não teve meios para liquidar à banca uma verba relativa a contratos de factoring feitos pelo anterior executivo nos últimos três meses de mandato. “E no final de Fevereiro vai acontecer o mesmo”, avisou, “porque não há um tostão para pagar a fornecedores”.Perante uma plateia composta na sua maioria por autarcas do seu e de outros concelhos, Moita Flores lembrou que a oposição não tem caucionado as soluções que apresentou e responsabilizou-a pelo actual estado de coisas. “A dívida não é ideologicamente neutra, tem responsáveis”, afirmou, deixando claro que não vai deixar esquecer as responsabilidades de cada um.O autarca lamentou que a oposição não tenha tido a “bondade” de lhe viabilizar a solução apresentada em Dezembro - uma operação designada “leaseback” que passava pela cedência a um banco de direitos sobre património municipal durante 30 anos a troco de 17 milhões de euros. E afirmou que sem dinheiro não lhe podem exigir que pague dívidas ou faça obra. “Até agora gastamos 75 mil euros na estrada do campo e 30 mil euros na aquisição de um imóvel no centro histórico”. Embora o ex-vereador da CDU José Marcelino tenha garantido, durante o debate em que foi dada a palavra ao público, que a oposição apresentou alternativas nas negociações havidas em privado. Designadamente um modelo de leaseback que nunca chegou a ser apresentado em reunião do executivo.Moita Flores vai levar novamente a proposta de “leaseback” à reunião do executivo de segunda-feira. Na ordem de trabalhos estará também o orçamento para 2006 e outra operação financeira que passa pela antecipação de receitas ordinárias.
Dívida da Câmara de Santarém não pára de crescer

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