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Governo preocupado com quebra no consumo de carne de aves

O ministro da Agricultura admitiu esta terça-feira vir a obrigar os proprietários de capoeiras em todo o país a declararem as aves que possuem e responsabilizá-los pelo isolamento dos animais, devido aos receios da gripe das aves.Numa visita a uma exploração avícola em Aveiras de Cima, Jaime Silva advertiu que o vírus H5N1 - a estirpe mais perigosa da gripe aviária - se transmite pelas aves migratórias e por isso é necessário impedir o contacto destes animais com os que se encontram em exploração para consumo.A medida equacionada pelo governo será tomada na época crítica para a transmissão da gripe das aves, quando as aves sobem para a Europa.O ministro disse também que vai pedir às direcções-gerais de agricultura e autarquias para que façam um inventário dos aviários existentes em regime extensivo, ou seja, aves que estão em regime aberto e que não estão confinadas a um espaço isolado.Jaime Silva apelou ao espírito cívico dos proprietários nestas circunstâncias de forma a não pôr em causa a produção nacional de aves.O ministro diz estar preocupado com a quebra de 15 por cento na produção porque “não há razão para essa quebra à luz dos conhecimentos científicos actuais”.Após a visita à exploração aviaria em Aveiras de Cima, o ministro disse recusar a vacinação dos animais, para que o problema não seja escondido, sublinhando que se os cientistas aconselharem o contrário, então Portugal tomará a medida.Na visita, o ministro quis sobretudo sossegar os consumidores, lembrando que os cientistas dizem que o consumo de aves é seguro desde que o animal seja cozinhado a uma temperatura superior a 70 graus.Ainda para sossegar os consumidores, Jaime Silva disse que toda a produção profissional está confinada, portanto isolada de qualquer contacto com as aves migratórias.A exploração avícola visitada parece demonstrar que os consumidores estão reticentes. O proprietário da exploração apontou uma quebra de 50 por cento desde Setembro na sua produção, mostrando-se preocupado com os efeitos psicológicos da gripe das aves nos consumidores. “Não se adivinham coisas boas”, referiu Francisco João Rêgo.

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