Só com tradutor
O secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho, foi no dia 1 de Março a Tomar evocar o centenário do nascimento de Fernando Lopes-Graça, músico e compositor natural da cidade. Pena é que o longo discurso do governante tenha sido feito a pensar nos “eruditos” da cidade e não nos simples cidadãos anónimos de Tomar que marcaram presença na cerimónia. Que, acerca da música de Lopes-Graça, tiveram de ouvir palavras e frases pouco comuns, como “idiossincrasias diferenciadas e prosódias culturalmente estranhas”, ou “diálogo na liberdade das diferenças contra a universalidade imposta de uma monocultura”. Para a próxima visita do secretário de Estado é melhor improvisar uma tradução simultânea, para que nem só os letrados da cidade possam compreender as doutas palavras governamentais.
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