Era bem visível o descontentamento da grande maioria dos expositores presentes na segunda edição da Feira dos Stocks do Cartaxo, que decorreu no passado fim-de-semana, no Parque de Exposições desta cidade. E tudo porque, mesmo com o número de expositores e de espaços vendidos a duplicar em relação à edição anterior da feira, os clientes não apareceram.Intrigado por esta situação, parti à procura da razão daquela falta de comparência. Afinal tratava-se uma Feira dos Stocks! Uma feira dos quê?...dos sto…kes.., uma feira dos…dos stocks! “Stocks, mas que raio é isso?Pois é, esta foi a resposta que mais vezes recebi das pessoas com quem falei em freguesias como Vale da Pinta, Massuça, Vila Nova de S. Pedro ou Manique do Intendente. E não foi por falta de publicidade, pois quase todos tinham ouvido falar “nessa tal feira dos stocks”, só que a maioria com quem falei, não sabia o que isso queria dizer, nem do que se tratava! E como não sabiam, ficaram em casa. Depois o programa da feira também foi muito pobrezinho. Nada se fez para atrair as pessoas. Basta dizer que no dia da “inauguração”, o “artista” nem apareceu! E sendo assim…Aquilo estava tão triste, que até desmotivou o próprio presidente da Câmara, Dr. Paulo Caldas. Via-se na sua cara, quando já com um atraso considerável, chegou à “inauguração” do certame.Para o próximo ano, na minha modesta opinião, a primeira coisa a fazer será alterar o nome da Feira. Stocks é uma palavra muito british. Estoques é a tradução portuguesa para…brasileiros! Então cá para nós, os da província, poderia optar-se por “Feira Anual de Saldos, do Cartaxo”, “Feira de Preços Populares, do Cartaxo”, “Feira dos Bons Preços, do Cartaxo”, etc, etc. Fica a minha sugestão para quem de direito.Arlindo Dossantos - Cartaxo