Perante a polémica gerada pelas suas declarações, Francisco Moita Flores defende-se dizendo que, em primeiro lugar, tem de defender os interesses do concelho de Santarém. “Não estou disponível para nenhuma negociação que envolva a perda de direitos para Santarém, pois foi em Santarém que me elegeram”, afirmou o autarca ao nosso jornal.Durante a reunião do executivo de segunda-feira, o vereador socialista Rui Barreiro questionou-o sobre as contrapartidas negociadas com o consórcio privado e pediu uma cópia do acordo.Moita Flores afirmou que os interesses do concelho obrigavam-no a não desenvolver para já o assunto, mas que falaria “em breve”. Mas garantiu não permitir que, “mais uma vez”, a Câmara de Santarém entre num negócio “para ser espoliada dos seus bens sem as contrapartidas ou permutas” que julga adequadas. “Enquanto estiver aqui será assim: os interesses do povo de Santarém estarão em primeiro lugar em todas as questões e disputas”, avisou, acrescentando: “Nunca me deixarei levar por manipulações e interesses, sejam mais ou menos generosos”.Moita Flores garante que não abdicará desses princípios, seja com o consórcio que venceu o concurso seja com outro que possa vir a ser escolhido.