Bombeiros de Samora em risco de perder quartel
Imóvel foi vendido para construir novo espaço que não avançou
Os bombeiros de Samora podem ficar sem quartel se o Governo não cumprir o protocolo assinado há mais de um ano. O imóvel e o terreno anexo foram vendidos e têm de ser entregues no próximo ano.
Os bombeiros de Samora Correia alertam para o risco de ficarem sem quartel, já que o edifício está vendido a um privado e o Estado ainda não cumpriu um protocolo assumido para a construção de um novo equipamento.Segundo Miguel Cardia, comandante dos bombeiros de Samora Correia e vereador da Câmara de Benavente, trata-se de uma situação “muito preocupante” porque a tutela ainda “nada fez” para cumprir um protocolo assinado em Janeiro de 2005, ainda pelo anterior Governo.“Nada temos a ver com a mudança dos Governos mas precisamos de ter uma solução”, considerou o comandante da corporação, que manifestou estas preocupações numa reunião recente com o Governo Civil de Santarém “Corremos o risco da administração central não concretizar um acordo já assinado” e a partir de um de Janeiro de 2008, “o quartel será instalado debaixo da ponte do Porto Alto”, avisou Miguel Cardia.O proprietário do terreno onde está instalado o actual quartel deu um prazo até ao final deste ano para recuperar a posse da propriedade, mas já admitiu manter a cedência até ao final de 2007, uma “situação que não pode ser eterna” , acrescentou o comandante.“Acreditamos no senhor governador, que é uma pessoa muito sensível às questões dos bombeiros, mas temos de ter uma solução”, considerou Miguel Cardia, recordando que o protocolo já celebrado com o Gabinete de Estudo e Planeamento de Infra-estruturas do Ministério da Administração Interna previa uma comparticipação de 60 por cento do investimento.Já existe terreno, que recebeu pareceres positivos por parte do Serviço Nacional de Bombeiros e da Câmara de Benavente, que se comprometeu ainda em apoiar em 25 por cento o projecto.Além disso, já existe um “parecer prévio favorável” por parte do Instituto Nacional de Administração Central para a instalação futura de “um heliporto devidamente certificado”, acrescentou Miguel Cardia.“O que queremos é que a administração central assuma frontalmente o que já está protocolado” até porque “nós não temos nada a ver com as mudanças dos Governos”, reclamou o comandante dos bombeiros.Actualmente, as oito dezenas de bombeiros trabalham em condições precárias e as viaturas novas são colocadas fora do edifício por falta de espaço.Em declarações à Agência Lusa, o governador civil de Santarém, Paulo Fonseca, prometeu que o compromisso de apoio ira ser mantido pela tutela, embora o protocolo já assinado tenha de “ser reformulado e revisto”.O documento “tem de ser reavaliado em função da realidade concreta mas haverá ajudas aos bombeiros”, considerou o representante do Governo.Contudo, “o prazo que eles têm [para sair do actual quartel] é muito curto”, disse ainda Paulo Fonseca, que prometeu iniciar diligências junto da administração central para desbloquear o problema.
Mais Notícias
A carregar...