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Inês Henrique e João Vieira foram os melhores portugueses

Susana Feitor não terminou Taça Mundo de Marcha devido dores nos músculos das pernas

Inês Henriques e João Vieira, ambos do Clube de Natação de Rio Maior, foram os melhores portugueses na Taça do Mundo de Marcha. Susana Feitor desistiu antes dos dez quilómetros.

Portugal conseguiu o quarto lugar dos 20 km femininos da Taça do Mundo, que se disputou no fim de semana na Corunha, com Inês Henriques (CN Rio Maior) e Ana Cabecinha a conseguirem bons recordes pessoais e dessa forma a minorarem os efeitos da desistência de Susana Feitor.Susana Feitor, medalha de bronze nos últimos Mundiais de atletismo, foi mais uma vez a natural chefe-de-fila em femininos, mas teve de desistir, entre os quilómetros 5 e 10, com dores nos músculos das pernas.A recordista nacional ainda passou bem ao km 5, em 23º lugar, três lugares à frente de Inês Henriques e quatro à frente de Ana Cabecinha, que vinham no mesmo grupo. Mais atrás, a riomaiorense Vera Santos era já 36ª e demonstrava estar longe dos seus melhores dias, como o 15º do último Mundial.A meio da prova, já sem Susana, todas as outras portuguesas subiam bem na classificação: Inês Henriques era 16ª, Ana Cabecinha 19ª e Vera Santos 30ª.Aos 15 km, a cinco do fim, as portuguesas fixavam-se nos lugares com que terminariam e aguentavam o quarto lugar colectivo, já ameaçado pela Roménia - Inês em 13º, Ana em 14º e Vera em 27º.Inês Henriques, com 1:30.28, e Ana Cabecinha, com 1:31.02, melhoraram recordes pessoais por larga margem - a primeira por 55 segundos e a segunda por 3.11 minutos.Ambas superaram também, por larga margem, os mínimos para os Europeus de Gotemburgo, que a FPA fixou em 1:33.30, mas para Ana Cabecinha a excelente marca é um “esforço inglório”, já que duas das três vagas estão desde os Mundiais de Helsínquia “guardadas” para Susana Feitor (bronze) e Vera Santos (que foi 15ª).Inês Henriques, que passa a ser a melhor portuguesa do ano e segunda “lusa” de sempre, apenas batida por Susana Feitor, será a terceira portuguesa.Ana Cabecinha melhora muito e entra directa para o top5 de sempre, que passa a ser: Susana Feitor (1.27.55), Inês Henriques (1:30.28), Ana Cabecinha (1:31.02), Maribel Gonçalves (1:31.19) e Vera Santos (1:31.30).Mesmo com esta excelente prestação, as portuguesas não “conseguiram confirmar” o estatuto de campeãs da Taça da Europa do ano passado, já que esse resultado foi obtido em circunstâncias excepcionais, com a desclassificação das russas.A Rússia desta vez esteve muito equilibrada, trabalhando para o colectivo, ficando com os segundo (Olimpíada Turava), terceiro (Irina Petrova) e quinto lugares individuais (Olga Kaniskina).A recordista e campeã mundial, Olimpíada Ivanova, foi, desta vez, impotente para suster a força da bielorussa Ryta Turava, vice- campeã mundial no ano passado em Helsínquia.Depois da Rússia completaram o pódio a China e a Bielorússia, ficando Portugal distante quarto, numa posição que não seria melhorada mesmo que Susana Feitor chegasse com as da frente.João Vieira oitavoNos 20 km masculinos a situação foi diferente, com a participação colectiva a não ir além do nono lugar, em 18 países, mas João Vieira a brilhar com um oitavo lugar, a três segundos apenas do seu recorde nacional.João Vieira, recordista nacional, fez uma boa corrida “de trás para a frente”, passando aos 5 km em 31º, aos 10 km em 18º e aos 15 km em 14º, para terminar em oitavo lugar com 1:20.33, a três segundos apenas do seu recorde nacional, feito na Corunha há três épocas. O registo é também a sua melhor marca do ano e confirma com grande clareza os mínimos para o Europeu (1:24.00).O seu irmão gémeo Sérgio Vieira e Diogo Martins andaram toda a prova na abaixo do meio da tabela, para terminarem em 45º e 44º lugares, respectivamente. Para Sérgio foi um agradável regresso à selecção, depois de anos de afastamento.A Espanha, com Francisco Javier Fernandez em primeiro em individuais, fez a “festa” também por equipas, numa luta muito cerrada com Austrália, Rússia e China, que se seguiram na classificação com um intervalo de não mais de dez pontos.O Mirante/Lusa

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