Um empresário com pedalada
Como são hoje os dias do Marco Chagas?Com as mudanças que se deram na minha vida, entrei por uma área que não conhecia, que tem a ver com as máquinas de vending. Ou seja, máquinas café, de bebidas, de snacks. Tenho algumas máquinas dessas em vários pontos do distrito de Santarém, onde me desloco no dia a dia. Vou fazendo a manutenção, a reposição de stocks… É uma coisa que me permite ter algum tempo e andar ao ar livre. Não gosto de estar fechado numa gaiola.Ser uma figura pública ajuda ao negócio?Tem ajudado. Nesse aspecto, apesar dos tempos difíceis que correm, ajuda na colocação das máquinas Tenho nalgumas escolas, fruto da excelente relação com professores. São pessoas que gostam de falar comigo e com quem me dou muito bem.Ainda o abordam na rua a pedir autógrafos?Não tanto. Mas quando ando no ciclismo sim. Curiosamente, as pessoas, apesar de eu ter deixado a actividade vai fazer 16 anos, continuaram a ver-me na televisão e acompanharam o meu processo de envelhecimento. Continuam a conhecer-me. O que às vezes não acontece com muitos colegas meus.É uma figura muito requisitada para eventos públicos, sobretudo aqui no concelho do Cartaxo?Sou bastante. Às vezes mais do que gostaria, porque por vezes tenho dificuldade em corresponder sem pôr em causa a minha vida pessoal. E quando se chega a determinada idade há certas coisas que considero sagradas, como o descanso, alguma tranquilidade. Gosto de ter o meu tempo.Tem compensado a sua filha pelas ausências na infância?Não tanto como gostaria. Tenho uma excelente relação com a minha filha, que já tem 26 anos, e reconheço que nunca teve o pai que devia ter. Nos primeiros anos era corredor, depois tive essa experiência horrível como treinador e, quando tive mais tempo, a minha filha já estava noutra idade. Já tinha outros interesses, já tinha os seus amigos, namorado… Nunca fomos muito próximos, mas temos uma relação excelente, apesar de há três anos ter dado uma volta na minha vida, que inclusivamente me levou ao divórcio.Continua a viver em Pontével?Momentaneamente não, porque estou a recuperar uma casa para onde espero ir viver durante este Verão. Mas o meu lugar, a minha vivência, é em Pontével.
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