A maior empresa do concelho do Cartaxo foi vendida em leilão na manhã de terça-feira por 1 milhão e 320 mil euros. O comprador da Metalgrupo é uma empresa de Abrantes, a RSA – Reciclagem de Sucatas Abrantina, SA. No leilão, que não chegou a demorar uma hora, marcaram presença cerca de duas dezenas de pessoas. A empresa foi posta à venda na sua globalidade (instalações e todos os bens móveis). Só se partiria para a venda de bens por lotes caso não houvesse nenhum interessado na totalidade da Metalgrupo. Mas tal não se verificou.A base de licitação era de 1 um milhão e 300 mil euros e as licitações eram obrigatoriamente de cinco mil euros.Esta hasta pública foi o culminar de um longo processo de insolvência que decorreu no Tribunal do Cartaxo. No dia 20 de Dezembro alguns dos maiores credores abstiveram-se na votação do plano de insolvência da empresa. O que permitiu a reprovação do plano, inviabilizando assim a recuperação da empresa. A favor da recuperação da empresa tinha votado um grupo de credores que representava 2,98 por cento dos créditos. Quando era necessária uma maioria de dois terços necessária para impedir a inviabilização da indústria. Fundada há 26 anos, a Metalgrupo, Sociedade de Construções e Montagens Metalomecânicas, possuía um património avaliado em 6,8 milhões de euros. E tinha 10,834 milhões de euros de dívidas. Só ao banco BCP a empresa devia mais de um milhão de euros e quase outro tanto à Segurança Social. O fisco reclamava o pagamento de 700 mil euros referentes a IRS e IVA. A empresa empregava 106 trabalhadores na altura em que fechou as portas.