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“ O meu universo não é a preto e branco”

“ O meu universo não é a preto e branco”

Criou um blog a propósito deste álbum ”Um e os Outros” (http://umeooutro.blogspot.com) e interage com o público dessa forma. Ao fim de tantos anos de exposição mediática não sente necessidade de se resguardar mais?Nunca posso considerar que as pessoas estragam o meu universo. Elas estão no meu universo. A exposição mediática é normal. Eu quando faço um trabalho não o faço só para mim, gosto de o partilhar com os outros.Como aparece o blog?Este blog surge associado a este disco. Estou a tentar que seja um ponto de encontro. Não tinha as coisas muito organizadas, não sabia muito bem como estava a ser recebido o meu trabalho e através do blog fiz um apelo para me fazerem chegar essa informação. Depois comecei a tentar explicar como foi o processo criativo. Como foram feitas as canções.Vai recebendo comentários e responde a muitos deles. Tem alguém para lhe fazer isso? Eu é que respondo e faço a gestão do Blog. É uma ferramenta de comunicação que eu não sabia ser tão versátil. Estou a gostar da experiência. Como vai a divulgação ao vivo do seu CD?Depois da polémica sobre os concertos no Norte eles começam a surgir. Temos Coimbra, o Rivoli no Porto. Mas é preciso esperar que o Verão passe. É preciso tempo e cabeça. Eu também estou habituado a que as coisas tenham outro ritmo mas tenho que ter paciência. Em Junho o país vai parar por causa do campeonato do Mundo de futebol. Não há pedidos para concertos, está tudo a ver a bola.Também vai ver a bola?Claro! No Blog explica o processo que levou ao Fado do Encontro. Quem ouvir o tema com atenção percebe que leva o fado para o caminho dos blues.O fado é a nossa forma de cantar blues. Eu não sou mestre de Blues mas a Mariza cantou Blues durante algum tempo e o Mário Laginha toca muito bem blues. Eu que já estou habituado a juntar músicos de projectos diferentes, de áreas diferentes, fiz a ponte entre um músico da área erudita, uma cantora com o perfil das grandes intérpretes, o fado e os blues. No caso da “Estrela do Mar” do Jorge Palma que também incluiu no CD Estrela do mar tirou-lhe o piano da entrada. A introdução da música é a criação de um ambiente para que o cantor conte aquela história. Ali é de uma história que se trata. Eu senti que sendo eu a cantar - a contar - a história, não fazia sentido estar a fazer o que o Jorge Palma faz. A vestir a roupa dele. Arranjei maneira de transpor aquilo para a guitarra e dar-lhe um ambiente de conto de fadas. Eu e o Jorge somos diferentes. Ele é muito forte. Bebeu noutras fontes. É uma espécie de Eu o meu instrumento e a minha poesia transformamos o mundo. Eu tenho uma visão mais colorida das coisas. Não é tudo a preto e branco. Há outras nuances.
“ O meu universo não é a preto e branco”

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