A 22.ª edição da Feira do Livro e a terceira edição da Escola em Festa, realizadas pela primeira vez em simultâneo no pavilhão desportivo municipal de Coruche, mereceram balanços bem diferentes do executivo camarário.Enquanto a maioria socialista, em nota de imprensa, realça a aposta acertada dos dois eventos naquele recinto, pelos quais passaram mais de cinco mil pessoas, o vereador da CDU, Ricardo Raposo, criticou a opção do pavilhão. A feira do livro decorreu no primeiro andar e a escola em festa no piso térreo do recinto. Em seu entender, além do espaço apertado, estética menos conseguida e temperatura elevada dentro do recinto, a organização coarctou durante cerca de 12 dias as actividades desportivas programadas para o pavilhão. “A câmara optou por este caminho sem criar alternativas adequadas e revelou desleixo na abordagem ao fenómeno desportivo”, acrescentou o autarca. Uma opinião prontamente rebatida pela maioria socialista. O líder da autarquia, Dionísio Mendes, garante que a escolha do pavilhão desportivo para organizar a feira do livro e a escola em festa foi a melhor solução de sempre. E assegura que a opção é para repetir em 2007 e nos anos seguintes.“Os stands ficaram bem apresentados, houve acesso a casas de banho, a climatização foi melhor. Além da economia financeira para a autarquia, que poupou cerca de 20 mil euros no aluguer de tendas”, exemplificou Dionísio Mendes.O edil de Coruche referiu que, para a prática desportiva, existiam alternativas no pavilhão da Escola EBI da vila e no ringue polidesportivo do parque do Sorraia. E acusou Ricardo Raposo de não apresentar alternativas à realização dos eventos.O vereador da CDU sugeriu que a praça de Liberdade – onde fica os paços do concelho - com o apoio do museu municipal, podiam ser uma hipótese a considerar. Opção que Dionísio Mendes recorda já ter sido testada há mais anos e não ter resultado.