A equipa sénior masculina de Andebol do Grupo de Futebol dos Empregados do Comércio, de Santarém, vulgarmente conhecida por “Caixeiros”, sagrou-se campeã nacional da segunda divisão, e no jogo da festa disputado no sábado, venceu 24-23 o Vialonga. Os escalabitanos ficam agora à espera das decisões da Federação Portuguesa de Andebol e da Liga Portuguesa de Andebol para saberem se vão jogar na primeira divisão ou na divisão de elite. Uma coisa é certa, joguem onde jogarem, os “Caixeiros” vão estar entre os maiores do andebol nacional. No jogo da festa, disputado na nave desportiva de Santarém, os “Caixeiros” jogaram descontraídos, mas mesmo assim dominaram de princípio a fim o Vialonga, equipa da zona Vila Franca de Xira nunca esteve na frente do marcador, aproximou-se no final, e chegou mesmo a empatar, mas nos últimos segundos a equipa escalabitana, acabou por marcar e vencer por um apertado 24-23.A equipa de Vialonga ainda aspirava à subida, mas para isso tinha que vencer em Santarém. Mas os “Caixeiros” mostraram que, mesmo a jogar descontraídos, são uma equipa muito forte e a vitória, mesmo escassa, traduz bem o que se passou no pavilhão. A formação ribatejana entrou a todo o gás e em dois minutos chegou a 3-0, vantagem que se foi mantendo ao longo de todo o jogo.Ao intervalo a vantagem cifrava-se precisamente em três golos (13-10), o que deixava os jogadores e a claque dos Caixeiros já a pensar na festa. Refira-se que o apoio à equipa nunca faltou. A meia centena de adeptos que se deslocou ao pavilhão fez a festa de princípio a fim.Os Caixeiros apresentaram um bloco defensivo muito pressionante e bem organizado, que não dava espaços para os adversários rematarem aos seis metros. A equipa de Vialonga tinha assim de optar por remates exteriores mas a eficácia era muito reduzida, por um lado pela pressão exercida pelos jogadores ribatejanos, por outro, porque os avançados também não estavam num dia particularmente inspirado, apenas Carlos Gomes remava contra a maré.No ataque, a equipa de Santarém trocava muito bem a bola, rematando sobretudo de primeira linha e, muitas vezes, concluindo com eficácia mortífera os lances de contra-ataque, e aí se destacava Carlos Ipe e Rui Pereira.À medida que o tempo ia passando, percebia-se também que os níveis físicos das equipas não estavam ao mesmo nível. Enquanto os Caixeiros iam mantendo um ritmo calmo mas muito activo, os jogadores do Vialonga obrigados a um grande esforço para tentar a vitória, iam ficando cada vez mais presos e descoordenados colectivamente.Nos últimos dez minutos da primeira parte veio ao de cima a categoria do guarda-redes Rui Apolinário, que fez a sua despedida e uma exibição de grande nível. Nesses dez minutos sofreu apenas três golos. A segunda parte não perdeu interesse, os jogadores de Vialonga acreditaram sempre que era possível vencer, recusaram fazer figura de “cabeçudos”, e foram equilibrando o marcador, dando assim alguma emoção ao encontro.Por sua vez os “Caixeiros” que chegaram aos cinco golos de diferença (23-18) amoleceram e mesmo com o seu adversário em desvantagem numérica, deixaram que eles se aproximassem e mesmo chegar ao empate.Só nessa altura a equipa orientada por Artur Roldan aumentou o ritmo. Os jogadores já pensavam na festa com os adeptos e a desconcentração de alguns era evidente. O veterano Alfredo Pinho e o experiente Carlos Ipe foram dos mais calmos nesse período e permitiram assegurar uma vitória tangencial 24-23.As equipas alinharam com: “Caixeiros” – Rui Apolinário, Gil Cardoso, Diogo Lopes, Carlos Ipe, Rui Pereira, José Silva, Saul Roque, Norberto Paulo, Alfredo Pinho, Luís Marto, Aníbal Fortes, Marco Soares, Júlio Piçarra e Hugo Pinto. Vialonga – Carlos Santos, Pedro Pereira, Armando Reis, Ricardo Ferreira, Mário Ribeiro, Sérgio Pereira, Rui Antunes, Rui Rocha, Pedro Lopes, Ricardo Estêvão, Alexandre Silva, Vítor Reis, Carlos Gomes e Nuno.