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Crise e mau tempo prejudicaram feira

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CNEMA faz balanço positivo da Feira Nacional de Agricultura apesar da perda de visitantes

A Feira Nacional de Agricultura foi visitada por cerca de 120 mil pessoas de 10 a 18 de Junho. Menos cerca de 20 mil pessoas que em 2005.

A edição de 2006 da Feira Nacional de Agricultura teve menos visitantes, mas mais expositores, boas vendas no leilão de máquinas agrícolas e uma campanha solidária que recolheu 50 toneladas de alimentos. Em conferência de imprensa de balanço de mais um certame, o administrador do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), Luís Mira, relacionou esse decréscimo com as condições climatéricas adversas e a conjuntura nacional de menor poder de compra. Mas acrescentou que a FNA alcançou outros números relevantes. Um dos destaques vai para o crescimento do número de expositores, que aumentou cerca de 25 por cento em relação à edição anterior (486 stands), muito por “culpa” dos 60 expositores que participaram este ano na primeira edição do Festival Nacional do Vinho. Iniciativa criada no âmbito da FNA que em 2007 deverá ser um concurso nacional de vinhos. “Foi uma iniciativa com qualidade, dinâmica, informação e formação, sob o lema «saber conduzir o vinho», analisou Luís Mira.Como resultado da campanha de solidariedade “Agricultura contra a Fome”, recolheram-se 50 toneladas de alimentos a favor de uma das maiores instituições nacionais de recolha e distribuição de alimentos aos mais necessitados. “Entre 23 a 25 por cento desse produto foi suportado pelos visitantes que à entrada deixaram a sua contribuição em géneros. O restante será assumido pela administração do CNEMA”, adiantou. Positivo foi ainda o leilão de máquinas agrícolas com vendas que ascenderam a 400 mil euros. A bolsa de emprego foi responsável pela atribuição de 43 estágios a jovens e os seminários tiveram médias de assistência de 200 pessoas por sessão.Apostas também ganhas foram, para o responsável do CNEMA, a zona de tasquinhas com música diferenciada, as largadas de toiros com acompanhamento de uma banda e os 16 espaços gastronómicos regionais.A opção de realizar a FNA na semana de 10 a 18 de Junho teve apenas como motivação o aproveitamento de dois feriados, pelo que a FNA voltará a ser organizada em 2007 na primeira semana deste mês.Os preços das entradas a cinco euros são uma política a seguir nos próximos anos. Luís Mira recordou que, para as pessoas da região, havia cartões de acesso a 15 euros que permitiam a entrada no recinto mais que uma vez ao dia. Lembrou ainda os encargos elevados com a vigilância e a limpeza “invisível” para que todos os recintos estivessem em condições nos dias seguintes. Ainda para 2007 o Cnema prevê tomar medidas para atenuar a força do sol entre os visitantes, ainda sem especificar quais. Quanto ao calor no interior das naves, a situação foi resolvida com instalação de ar condicionado.Luís Mira considerou ainda que os horários dos expositores, que encerraram às 20h00 e 21h00 em cada uma das naves, são os adequados. Ainda que de futuro possam vir a ser alinhados.“Não se justifica abrir portas antes do meio-dia e depois das 21 horas. No primeiro sábado, por exemplo, entraram 2.344 pessoas no CNEMA entre as 23h00 e as 00h00 e não vão para ver expositores. É uma opção estratégica que adoptamos”, salienta o administrador.Está também nos planos da administração levar a que exibições da tradição ribatejana, como largadas, demonstrações com cavalos e campinos, sejam realizadas em horários que permitam que quem vem de longe não tenha de partir sem as ver. É que, numa análise superficial, o CNEMA verifica que grande parte dos visitantes da FNA é do interior/norte e tem de partir com horas de antecedência para seguir viagem.Ricardo Carreira
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