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“Miguel Relvas é um rapazinho”

Não teve esperança de que há quatro anos, quando Miguel Relvas chegou ao Governo com Durão Barroso, as coisas pudessem mudar para Tomar. Que ele movesse algumas influências pelo concelho?Não acredito na política nem nos políticos. O Miguel Relvas é um rapazinho. Eu gosto dele, mas não tem experiência. Não sabe o que é a vida. Entrou na política e nunca saiu dela. A experiência prática é muito importante.Acha que antes de se chegar à política deve-se passar pelo mundo do trabalho, pela vida activa?Sim. Deve-se ter consciência do que é isso. É um desiludido com a política?Sou um desiludido com a política, com os políticos, com os sistemas implantados. Admite-se que em 2006 possa haver fome nalgum lado? Admite-se que uma casa em Portugal custe mais que em Espanha ou em França? Não seria mais coerente da sua parte deixar de apoiar os partidos nas campanhas eleitorais?Eu dou como dou para as festas. Indistintamente, agarro numa verbazinha e dou a cada um.É um desiludido com a política mas já frequentou esse meio.Estive na câmara como vereador, fiz parte da comissão administrativa após o 25 de Abril. Tenho até uma história boa. Um dia chego de Lisboa e dizem-me: “Sabe que você é presidente da câmara?”. A câmara tinha estado em funções e o dr. Antunes da Silva, que era advogado aqui e presidente da comissão administrativa, pedira a demissão. E os presidentes de junta nomearam outra pessoa, que fui eu.E o senhor sem saber de nada?E eu sem saber de nada…Chegou a desempenhar o cargo de presidente?Não. Eu disse ao dr. Antunes da Silva: “Você fica, eu venho ajudá-lo e levar isto para diante”. Conhecia os outros que estavam lá também, falei com eles e fizemos uma comissão ad hoc na câmara. Resolvemos coisas que estavam penduradas que nem imaginam…Foi nessa altura que se desligou do Partido Comunista?Desliguei-me e até hoje está de lado.Mas nos tempos da comissão administrativa na Câmara de Tomar não estava lá pela sua alegada simpatia ao PCP?Estava lá porque me identificavam com o PCP e por isso me levaram. Mas era um indivíduo isento e a minha postura deixou de ser de esquerda.Chegou a ser militante do PCP?Não. Lia o jornal Avante, ia a reuniões no cine-teatro, tinha uma certa simpatia. E fui apoiante das candidaturas de Norton de Matos e Humberto delgado.

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