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Rusga nocturna com fracos resultados

GNR e IGAC visitaram bares e casas de alterne da região

A operação de fiscalização teve por objectivo avisar os proprietários dos estabelecimentos de diversão nocturna que as autoridades estão de olho na sua actividade.

“O que é que se passa aqui hoje?”, interroga-se em voz alta um homem que passa à porta do posto da GNR de Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos, ao ver um grande aparato de viaturas e militares. No interior o comandante do destacamento de Santarém, tenente Gil Raposo, prepara-se para dar as instruções aos homens que vão fiscalizar as casas de diversão nocturna da zona. Numa operação que culminou com dezenas de autos de contra-ordenação e 529 CD de música pirateados apreendidos.Às 23h00 de sexta-feira, dia 16, os militares da Guarda divididos em grupos e acompanhados por inspectores da IGAC (Inspecção Geral das Actividades Culturais) partem para a estrada. Seguimos com os elementos da equipa 2 para Santarém. Os militares do pelotão de intervenção rápida entram no bar da Kikas, no Vale de Santarém, na altura em que uma brasileira de vestido transparente se prepara para o seu “show”. Foge dos flashes dos fotógrafos exclamando: “Sou uma profissional, quem quiser fotografia vai ter que pagar”.Alguns clientes que aguardavam o número ficam encostados ao balcão. Cerveja na mão. Outros praguejam, outros saem para o pátio. Dois guardas vão pedindo os passaportes às meninas que estão num pequeno quintal com piscina. Estão todas legais no país. A GNR já esperava. Já lá tinha ido há uma semana e não tinha encontrado ninguém sem autorização de residência no país. E de resto não foi encontrada nenhuma irregularidade.Já passava da meia-noite quando a GNR e um inspector da IGAC chegam ao bar Tic-Toc em Tremês (Santarém). O inspector da IGAC entra na cabine de som e começa a revolver uma caixa com centenas de CD. Descobrem-se algumas cópias falsas, com o nome dos artistas inscritos a caneta no disco. “Cher – The Greatest Hits”, “Supertramp” vão sendo colocados dentro de um saco preto.Nos outros concelhos onde decorre a operação também já se apreenderam CD piratas e quatro aparelhagens de som em três estabelecimentos de Marinhais e Alpiarça. Ao todo foram fiscalizados 16 estabelecimentos dos concelhos de Santarém, Salvaterra de Magos, Benavente, Almeirim e Alpiarça. Foram levantados 11 autos de contra-ordenação por falta de licença de utilização, livro de reclamações ou por ter segurança não credenciado. Igual número de autos foi redigido por violação aos direitos de autor (uso de cópias de CD piratas). Crime que é punido com prisão até três anos e multa de 150 a 250 dias. No balanço da operação o tenente Gil Raposo ficou satisfeito com os resultados, já que foram fiscalizadas casas em que estava tudo bem. E sublinhou que este tipo de acções é importante para fazer ver aos donos dos estabelecimentos de diversão nocturna que “a GNR está atenta e que a fiscalização existe”. O director dos serviços de inspecção da IGAC, Ricardo Hipólito, que acompanhou a operação, sublinhou que o distrito de Santarém é um dos que merece mais atenção porque é aquele que regista maior número de apreensões. Na sequência de várias acções em mercados da região, a IGAC está também a reforçar a fiscalização em bares. E recordou que a feira mensal de Almeirim é um dos maiores fornecedores de música e filmes falsificados da região.

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