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Seis anos à espera de uma aprovação do Governo

Seis anos à espera de uma aprovação do Governo

Expansão da zona industrial de Mação está prevista desde 2000
Em 2000 o então presidente da Câmara de Mação, Elvino Pereira, anunciava o projecto de expansão da zona industrial, afirmando na altura que a obra seria financiada pelo III Quadro Comunitário de Apoio. Seis anos depois, o município ainda espera uma aprovação do Governo para avançar.Duas grandes empresas já desistiram de se instalar em Mação e o actual presidente da câmara, Saldanha Rocha (PSD), teme que outras venham a fazer o mesmo. Os responsáveis das empresas cansaram-se de esperar pela concretização de um projecto que há seis anos espera pela aprovação do Governo.O processo de expansão da zona industrial de Mação iniciou-se a 3 de Agosto de 2000. Em 23 de Junho de 2006, data em que o presidente questionou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, o projecto “está exactamente na mesma”.A resposta dada por um técnico da entidade deixou o presidente com os cabelos em pé. “Disse-me que existem apenas sete técnicos no país inteiro e que as prioridades, em termos de aprovações, vão para os programas Polis e para os centros urbanos”, referiu Saldanha Rocha, adiantando que o referido responsável lhe recomendou que enviasse “uma carta de sensibilização” para a CCDR.“Com este tipo de comportamento não há país que aguente”, desabafou na semana passada Saldanha Rocha, aproveitando a visita do ministro da Agricultura ao seu concelho.As queixas apresentadas a Jaime Silva parecem ter dado algum resultado. Na quinta-feira passada Saldanha Rocha recebeu um telefonema do subdirector da Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano garantindo-lhe que o assunto seria resolvido no mais curto espaço de tempo. A garantia foi dada após aquele responsável ter sido pressionado pelo ministro da Agricultura. “Em Portugal até para acelerar um processo que visa o desenvolvimento de uma região são precisas cunhas”, refere o presidente do município, ainda não totalmente convencido de que o projecto de expansão da zona industrial vai ser finalmente desbloqueado.A expansão da actual zona industrial incide sobre uma área de 53 mil metros quadrados, dos quais 28 mil se destinam a edificação. Neste momento Saldanha Rocha tem já vários candidatos à aquisição de terrenos, cedidos ao preço simbólico de um cêntimo por metro quadrado.Entre os interessados está a Amplavia, empresa de Torres Vedras que ganhou recentemente o concurso para a limpeza das bermas da A23 e que pretende instalar a sua sede no concelho. A Silvitécnica, actualmente a funcionar em Santarém, e um conjunto de empresas espanholas, são outros potenciais interessados. Mas Saldanha Rocha teme que, à semelhança de outras empresas, estas possam desistir de se instalarem no seu concelho por os terrenos ainda não estarem disponíveis. “A câmara já fez o que lhe competia, com o executivo a aprovar as cedências das áreas pretendidas. Continuamos à espera que o Governo também cumpra o seu papel, que é o de licenciar a expansão”, salientou o presidente do município.Sendo um dos concelhos fustigados pela desertificação, Mação tenta inverter essa tendência apostando na proximidade à A23 e a Espanha. Além da expansão da zona industrial, o município tem contemplada, na revisão do Plano Director Municipal (PDM) em curso, uma área de localização empresarial (ALE).O projecto abrange uma área de 164 hectares, desde a entrada da cidade até ao nó da A23. “O que pretendemos é criar condições para que empresas de maior dimensão se possam aqui instalar”, diz o presidente, adiantando que a ALE irá no futuro ser gerida por uma sociedade público/privada.Um projecto que Saldanha Rocha espera não demorar tanto tempo a ser aprovado como o da expansão da actual zona industrial.Margarida Cabeleira
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