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Em defesa da sesta

Sou mais uma apoiante, até hoje anónima, do movimento para tornar a sesta uma opção legal nos horários de trabalho acordados com as entidades patronais. Sou médica e dou consultas no meu centro de saúde a partir das 16h. Se não tenho oportunidade de  descansar a seguir ao almoço é certo que a meio da consulta vou ter problemas! E já ouvi várias vezes os doentes dizerem: “ a srª Drª está cheia de sono!”. O problema é que se interrompo a consulta frequentemente lá se vai aquela vontade irreprimível, sendo que para mim o ideal seria mesmo, enquanto oiço o doente a falar, ter aquele fugaz momento de absoluta ausência que acaba com o cabecear premonitório, e, quando chega ao fim, é como se tivéssemos acabado verdadeiramente de acordar absolutamente recompostos e prontos para outras tantas horas de trabalho árduo. Quero com isto significar que para mim não há melhor complemento para uma boa sesta do que ouvir falar...ainda que o assunto seja interessante e principalmente se se acompanhar da iluminação adequada...Devo até referir sem pudor que já fiz várias pós-graduações todas elas marcadas pelos comentários jocosos dos colegas, a quem nunca consegui explicar que se me deixarem adormecer, em vez de me abanarem, o tal sono reabilitante demora uns escassos segundos, enquanto que se não o atingir ficarei a cabecear eternamente! Valha-me a boa disposição dos pícnicos para não me sentir estigmatizada  com a situação!Rosário Prista Monteiro

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