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Oposição fala em “orçamento martelado”

Assembleia Municipal do Cartaxo preocupada com dívidas da câmara

Apesar do pessimismo da oposição e de reconhecer as dificuldades, o vice-presidente da câmara justificou que há obra importante que foi executada e que acarreta despesas.

Com metade do ano já passado apenas uma pequena parte do orçamento da Câmara do Cartaxo foi executado em termos de investimento. A conclusão é dos partidos da oposição com assento na assembleia municipal ao analisarem o relatório de síntese e actividade do município e situação financeira.Durante a sessão de 28 de Junho, Vasco Cunha (PSD) salientou que os números traduzem uma previsão de orçamento “martelado”. O deputado social-democrata recorreu à rubrica das receitas de capital para exemplificar as diferenças - da previsão de 15,6 milhões de euros, até 31 Maio de 2006 estavam executados apenas 1,833 milhões de euros.Vasco Cunha destacou ainda pela negativa as dívidas a terceiros de curto prazo que ascendem a 12,6 milhões de euros. “É curioso verificar que à data de 31 de Dezembro de 2005 cada cidadão do Cartaxo deve mais à banca e a fornecedores que os cidadãos de Santarém, numa análise per capita das dívida dos dois municípios”, argumentou o deputado laranja.Uma análise em parte corroborada pelo BE. Francisco Colaço considerou ridículo que, estando-se a meio do ano, dos 15,6 milhões de euros projectados como transferências de capital estejam executados 1,83 milhões.Perante o cenário negro traçado pela oposição, o vice-presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Ribeiro (PS), negou que se tivesse projectado um orçamento “martelado”.“A execução real andou à frente da execução financeira, por via dos fundos comunitários. Mas é bom lembrar que a Lei de Finanças Locais mudou de regras a meio e a descentralização de competências para as autarquias não veio acompanhada da respectiva mochila financeira”, sustentou Pedro Ribeiro.Vasco Cunha alertou ainda para uma capacidade de endividamento da câmara que é de cerca de 345 mil euros. “Se amanhã a câmara tivesse possibilidade de avançar para a construção do pavilhão desportivo, não teria dinheiro”, traçou o deputado, num quadro de pessimismo enquadrado pela proposta de nova Lei das Finanças Locais.O vice-presidente da câmara respondeu que nunca se esconderam a enormes dificuldades esperadas e justificou o crescimento das despesas correntes com aumento de pessoal referente à gestão dos novos equipamentos criados, como o centro cultural e estádio municipal, a par do pessoal auxiliar para exercer em escolas e jardins-de-infância. “A capacidade de endividamento da autarquia é superior à de muitas em seu redor”, acrescentou Pedro Ribeiro. Ricardo Carreira

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