O vício dos carros antigos e clássicos na Lezíria
Associação junta proprietários em Samora Correia
Apreciadores de carros antigos e clássicos estão a dar corpo a uma nova associação em Samora Correia. A ACAL vai ter uma secção de todo-o-terreno.
Está na forja a Associação de Clássicos e Antigos da Lezíria (ACAL). O novo clube, com sede provisória em Samora Correia, resulta da vontade de um grupo de proprietários de carros antigos e clássicos e pretende criar também uma secção de veículos todo-o-terreno.“Sentimos que há um vazio nesta região e temos muita matéria para avançar”, explica José Matias, um dos sete fundadores do clube. Completam o grupo: José Pedro Machado, Álvaro Ferrão, Nuno Melancia, António Ferrão, José Alberto Gaspar e Rui Machado. A primeira iniciativa da ACAL foi um passeio pela lezíria ribatejana que juntou cerca de duas dezenas de participantes no dia 9 de Julho. “Gostamos de passear as nossas latinhas e ver coisa bonitas da região”, refere o empresário José Matias. O clube está já a preparar um segundo passeio para Setembro ou Outubro.Para proteger as máquinas, os passeios decorrem apenas no período de bom tempo. O rigor do Inverno será aproveitado para os passeios em viaturas de todo-o-terreno Esta é a outra paixão dos fundadores da ACAL.A associação tem sede provisória no escritório da empresa Auto-Jacto, em Samora Correia, propriedade de José Matias. Em breve, a ACAL pretende vir a ter uma sede própria que seja o ponto de encontro dos sócios. Um espaço aberto à comunidade. Antigo é diferente de clássico A diferença entre um automóvel antigo e um clássico está na idade e na certificação. “Um carro com mais de 15 anos é um automóvel antigo, mas para ser clássico tem de ser avaliado pela Federação Internacional de Veículos Antigos (FIVA)”, explica José Pedro Machado.A FIVA é representada em Portugal pelo Clube Português de Automóveis Antigos a quem cabe fazer a certificação do carro. E para passar no teste, a viatura tem de ter peças e equipamentos iguais aos originais. Nada pode ser desvirtuado ou deixado ao acaso.Os carros antigos são um vício, como qualquer outro. José Matias gastou mais de cinco mil euros na recuperação de um buggy (descapotável desportivo) que trocou por uma Renault 4 L. “Difícil não é comprar um carro antigo é recuperá-lo e mantê-lo”, sublinha o apreciador que tem ainda um Carocha verde garrafa adquirido há sete anos.José Pedro Machado, antigo guarda-redes do Vitória de Setúbal, cresceu em França e deixou-se conquistar pelos carros gauleses. Tem dois Matra Sinca e o seu filho, Rui Machado, também guarda-redes, tem um Peugeot Rolland Garros, que aguarda oportunidade para entrar no clube dos clássicos. “O clube é aberto também a carros, que não sendo antigos, são de séries especiais e limitadas”, refere José Pedro Machado.O coleccionador conduz um Matra vermelho de 1978 que recuperou com todo o pormenor e está agora a ganhar coragem para recuperar o Matra verde (1976) que também importou de França. José Pedro Machado e José Matias já estão a fazer mealheiro para comprarem “dois canhões” que prometem prender o olhar dos amantes dos clássicos. Nelson Silva Lopes
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