“Verdes” queixam-se de bloqueio socialista
Propostas ecologistas chumbadas pela maioria parlamentar
O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) desafia os deputados socialistas eleitos pelo círculo de Santarém a prestarem contas aos eleitores e a explicarem porque chumbaram este ano propostas de inclusão de verbas no Orçamento de Estado para obras na região. Entre as alterações propostas pelos ecologistas e chumbadas pela maioria socialista estavam verbas para avançar com projectos como os do IC 3 entre Chamusca e Almeirim, quartel de bombeiros de Santa Margarida, requalificação da ponte entre Praia do Ribatejo e Constância Sul, consolidação das muralhas de Santarém ou requalificação da carreira de tiro de Santarém.O deputado do PEV, Francisco Madeira Lopes, acusou os deputados socialistas de terem posicionamentos diferentes quando são poder e quando são oposição. Recordou que em anos anteriores, quando na oposição, os eleitos do PS votaram favoravelmente a inscrição de verbas em orçamento para alguns desses projectos. Que na altura foi gorada pela maioria PSD/CDS.No balanço da primeira sessão legislativa deste mandato parlamentar, Francisco Madeira Lopes, que é também eleito da Assembleia Municipal de Santarém, recordou algumas das lutas política assumidas pelo PEV. Como a despoluição do rio Alviela, onde consideram ser fundamental a intervenção do Governo na reparação do sistema de saneamento de Alcanena.Na sexta-feira, no miradouro de São Bento, em Santarém, o deputado manifestou ainda a sua preocupação pela insistência do Governo na co-incineração como solução para a eliminação de resíduos industriais perigosos.Madeira Lopes, que se encontrava acompanhado da dirigente regional Anabela Botelho, diz que com essa posição o Governo está a secundarizar o papel que cabe aos dois aterros destinados a esse tipo de resíduos que estão previstos para a Chamusca.Foram ainda levantadas reticências quanto à possibilidade do traçado do comboio de alta velocidade (TGV) poder vir a atravessar zonas ambientalmente sensíveis como a reserva do estuário de Tejo e terrenos agrícolas de elevado valor pertencentes à Companhia das Lezírias no concelho de Benavente.
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