Há algum jogo que o tenha marcado pela positiva?Recordo vários mas especialmente um que joguei pelo Torreense na Covilhã. Era o penúltimo jogo da época, estávamos na luta pela subida à Liga de Honra, precisávamos de empatar. Estivemos empatados 2-2 até ao último minuto e acabámos por sofrer o terceiro golo e perdemos 3-2. É um jogo que nunca mais esqueço.E pela negativa?Esqueço-me sempre desses momentos. Sou optimista por natureza e por isso penso sempre é nas vitórias. No entanto destaco o momento que estou a viver.Aos 28 anos o que espera ainda da sua carreira?Vou continuar a jogar enquanto me sentir com forças e enquanto surgirem propostas. A idade de ambicionar ir mais além ainda não passou. Mas estou satisfeito com a carreira que fiz até aqui. Joguei sempre nos campeonatos nacionais e quando olho para trás orgulho-me com a forma como tenho estado na modalidade. Se lhe pedissem para deixar de jogar e passar a ser árbitro aceitava?Não. Não por não acreditar nos árbitros mas sim porque entendo que ser árbitro é muito ingrato. Num jogo aceita-se o erro de toda a gente menos do árbitro.Fica aborrecido quando fica no banco?Fico. Nenhum jogador gosta de ficar no banco. Mas respeito as opções do treinador e nos treinos a seguir tento dar ainda mais para que ele repare em mim e me coloque a jogar no jogo seguinte.Com este calor apetece mais estar na praia do que a jogar futebol?Não. O defeso este ano foi mais comprido e nesta altura o bichinho do futebol já estava a mexer, e jogo com gosto e por isso não custa nada jogar mesmo com o calor. As férias já estavam a ser demais.Já tinha estado alguma vez desempregado?Não. Nunca tive dificuldade em encontrar contrato. Este ano é uma situação nova e muito desagradável. Já surgiram alguns convites mas nenhum aliciante. Vou esperar com a certeza de que alguma coisa vai aparecer.