A qualidade e a segurança do arroz carolino
Festival das Lezírias Ribatejanas em Setembro em Braço de Prata, Samora Correia
Em Setembro, a Companhia das Lezírias abre as portas de Braço de Prata para promover o arroz carolino das lezírias ribatejanas, o único certificado na Europa devido à sua qualidade e segurança alimentar.
A promoção da qualidade e da segurança alimentar da variedade carolino produzida na região é a grande aposta do Festival do Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas que decorre de 8 a 10 e de 15 a 17 de Setembro, nas instalações da Companhia das Lezírias, em Braço de Prata, Samora Correia.A organização espera centenas de visitantes e pretende que a iniciativa seja uma sensibilização para o consumo de arroz carolino, cuja qualidade é desconhecida da maioria dos consumidores que insiste no arroz agulha por ser mais fácil de cozinhar.Segundo António Madaleno, orizicultor e promotor do festival, o menor consumo de arroz carolino em Portugal deve-se ao facto de ser “um arroz mais difícil de trabalhar e que exige maior atenção de quem o confecciona”. Em contrapartida, “é um arroz que absorve o sabor e o odor dos outros alimentos, tornando-se mais apetitoso”.Para atestar a qualidade do produto, o presidente do Agrupamento de Produtores da Orivárzea, refere que é o único arroz certificado na União Europeia. O carolino é usado no fabrico de papas para bebés da marca Milupa e brevemente vai integrar também alguns produtos da Nestlé. “A qualidade é controlada desde a semente à prateleira”, explica. E para atestar a qualidade, nada melhor que provar. Durante o festival, um conjunto de tasquinhas apresenta pratos variados com um elemento obrigatório- o arroz carolino. Arroz de pato, de marisco, de polvo, de lulas, de feijoca, de tomate, à valenciana, são apenas algumas sugestões apresentadas pelos restaurantes da região.No primeiro fim-de-semana, a representação gastronómica fica por conta de restaurantes do concelho de Benavente e no segundo será a vez do município de Vila Franca de Xira se associar ao festival. O evento conta com a participação dos alunos de hotelaria das escolas profissionais de Salvaterra de Magos, Estoril e Évora.A componente cultural não foi descurada. Haverá uma exposição alusiva ao tema do arroz e vários artesãos a trabalhar ao vivo. A animação inclui provas de hipismo com a realização do Concurso de Saltos Internacional e do Concurso Completo de Atrelagens. Para os amantes da festa brava não faltam as demonstrações de toureio no tentadero da Companhia das Lezírias ali mesmo ao lado. O programa inclui ainda folclore, fado e a actuação de uma banda filarmónica.António Madaleno, responsável pela organização, considera que estão reunidas condições para atrair centenas de visitantes e diversos tipos de público. Produtores, comerciantes e consumidores de arroz, nas suas mais variadas formas, são públicos a atingir.O presidente da Companhia das Lezírias defende que esta é uma oportunidade para evidenciar a qualidade do arroz produzido na região e genuinamente português ao contrário da variedade “agulha”. Vítor Barros salienta também o facto desta iniciativa aproximar as pessoas da Companhia das Lezírias (CL) e de um património natural que passa despercebido a muitos portugueses. “Queremos que a CL seja um espaço aberto e que os portugueses o sintam como seu”, disse a O MIRANTE.
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