Há empresas e monitores que desconhecem o rio
Conhecer o rio onde se vai andar de canoa é fundamental para que a actividade decorra em segurança. Mas há empresas e monitores que operam no Zêzere e no Tejo e que não têm qualquer noção de como se comportam os cursos de água escolhidos para praticar este deporto.O problema maior nem é com as empresas da região, cujos monitores já têm esse conhecimento. O pior são as empresas de outros locais que vêm ao Ribatejo organizar descidas de canoagem.João Correia duvida que o acidente que aconteceu em Abrantes tivesse acontecido sob organização de empresas da região ou com monitores experientes. “Qualquer canoísta sabe que aquele tipo de situações é perigosa. Um monitor experiente olhava e apercebia-se logo que as pessoas não podiam passar ali. As obras estão à vista de todos e não é preciso estar lá um sinal”, comenta.Para identificar os perigos, no início da época das descidas algumas empresas da região juntam-se para fazerem descidas de reconhecimento e conhecerem o “novo” rio, uma vez que as areias e as correntes mudam de ano para ano.A ausência quase total de fiscalização ajuda às situações de irregularidade. A ACDS já falou com a delegação regional do Instituto do Desporto de Portugal disponibilizando-se para colaborar na fiscalização, mas não obteve feed-back.
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