Vitória em Abrantes esteve por um fio
Águias de Alpiarça terminou Volta a Portugal do Futuro em sexto lugar
A passagem da Volta a Portugal do Futuro pelo Ribatejo ia ficando marcada por um triunfo de uma equipa da região. O Águias-Celta teve um corredor na frente até dois quilómetros da meta, altura em que a fuga foi absorvida pelo pelotão. A equipa de Alpiarça terminou a prova no sexto lugar.
A equipa de ciclismo do Águias de Alpiarça terminou a décima-quarta edição da Volta a Portugal do Futuro no sexto lugar colectivo, a 12 minutos da formação de Santa Maria da Feira, a grande dominadora da competição, juntando a vitória colectiva ao triunfo individual.A classificação acabou por se ajustar à forma como a equipa se comportou ao longo das cinco etapas, mas deixou um amargo de boca por a vitória final numa etapa – a chegada a Abrantes – ter escapado já nos últimos minutos.“Queríamos vencer essa etapa e arriscámos um bocado. O Jorge (Pereira) teve um trabalho muito bom para lançar o Nuno (Silva), conseguimos mas ele teve o percalço de ser apanhado já nos últimos metros. Foi pena não termos conseguido essa vitória porque a equipa ressentiu-se e descemos para o 12º lugar. Mas nas provas seguintes conseguimos recuperar e acho que o sexto lugar não está desajustado, embora pudéssemos ter ficado em terceiro”, comentou ao nosso jornal Carlos Jorge, director desportivo e treinador da equipa.Nessa etapa, a segunda, Nuno Silva fugiu a 23 quilómetros da meta e andou isolado até à entrada dos dois últimos quilómetros, à chegada para Abrantes, em que foi absorvido pelo pelotão, caindo na classificação, juntamente com toda a formação do Águias-Celta, que muito trabalhou para conquistar o triunfo.“A equipa de Santa Maria da Feira trabalhou muito bem. Eles reforçaram-se com ciclistas elite da LA Liberty e estavam muito fortes. Mas se a parte final não tivesse aquelas descidas que permitiram ao pelotão rodar a 70 quilómetros por hora, penso que o Nuno se conseguia aguentar”, refere Carlos Jorge.O treinador da equipa ribatejana considera que não pode exigir mais dos seus atletas, que correram contra equipas constituídas maioritariamente por ciclistas sub 23 de último ano.Carlos Jorge sabe do interesse de alguns clubes, nomeadamente o Benfica, nos seus atletas, algo que por um lado o satisfaz porque é o reconhecimento do bom trabalho que tem sido feito, mas que por outro o deixa bastante triste.“Ao longo destes 12 anos trabalhámos muito para fazer esta equipa e é um bocado frustrante nesta recta final não ter dinheiro nem apoios que permitam dar alguma vivacidade a uma equipa de sub 23”, lamenta o treinador do Águias-Celta.No que falta da época, a equipa de Alpiarça tem ainda mais duas provas do troféu RTP em ciclismo e já foi convidada por Joaquim Gomes, director da PAD (Produção de Actividades Desportivas), para participar em alguns circuitos e no Grande Prémio da Rota do Vinho, marcado para Setembro.
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