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Crédito concedido aumenta no primeiro semestre

O crédito concedido pelos quatro maiores bancos privados somava, no final de Junho, quase 140 mil milhões de euros, com um crescimento médio acima dos 10 por cento e todas as instituições a associarem menos risco à actividade.Este valor exclui a actividade internacional do Banco Comercial Português (BCP) e do Banco Português de Investimento (BPI), e diz respeito à carteira de crédito a clientes particulares e empresas das quatro instituições, onde se incluem o Banco Espírito Santo (BES) e o Santander Totta.Em três - BES, BPI e Santander Totta - dos quatro bancos os crescimentos são mais expressivos no crédito a empresas, atingindo 12,3 por cento no Santander Totta, 19,8 por cento no BPI e 17 por cento no BES.A excepção é o BCP, onde o crédito concedido a empresas se manteve estável face ao valor registado em igual período de 2005.O valor total [excluindo como referido, os créditos concedidos pelo BCP e pelo BPI na actividade internacional] do crédito concedido a particulares pelos quatro bancos, no primeiro semestre, atingiu os 63,51 mil milhões de euros e o crédito a empresas 72,1 mil milhões de euros.No segmento dos particulares é de destacar, ainda, que os empréstimos para habitação são os que continuam a crescer mais - entre os 7,0 por cento reportados pelo BPI e os 15,7 por cento no caso do BCP - mas também o crédito ao consumo aumentou, mais de 9,0 por cento no conjunto, apesar da queda ligeira de 0,5 por cento no BCP.Os aumentos no crédito total [considerado para esta análise], face ao primeiro semestre de 2005, também oscilaram, entre 5,6 por cento no caso do BCP e os 13,6 por cento do BES.No entanto, e apesar das progressões diferentes por segmentos, os quatro bancos referem melhorias na “qualidade da carteira de crédito”, o que, aliás, mostram os indicadores de risco e também foi referido pelos presidentes nas respectivas conferências de imprensa de apresentação de resultados, esta semana.Os bancos reduziram as dotações para imparidade do crédito [provisões que os bancos fazem para acautelar o incumprimento do pagamento por parte de quem pediu o empréstimo], um dos factores que contribuiu para o aumento dos lucros.“O custo do risco do crédito é hoje bastante inferior àquilo que todos acreditávamos há algum tempo”, justificava quinta-feira o presidente do BPI, Fernando Ulrich, enquanto o Santander Totta sublinhava, em comunicado, que a qualidade da carteira de crédito permitiu manter “a níveis extremamente reduzidos” o prémio de risco.Para esta evolução, os bancos referem o aperfeiçoamento dos sistemas de controlo e de prevenção dos riscos e o reforço dos meios afectos à recuperação, mas também sinais de recuperação da economia em Portugal.O BCP incluiu na sua apresentação de resultados os últimos indicadores do Banco de Portugal e do FMI, sob o título “melhoria de perspectivas económicas”, como nota a fazer passar “aos investidores nacionais e internacionais, como referiu na ocasião o presidente do maior banco privado português, Paulo Teixeira Pinto.Lusa

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